ESPORTE

Conheça um pouco sobre a “santa” pelada da Ponta d’Areia

O encontro é marcado com antecedência por meio das redes sociais e não se restringe a idade, cor ou condição financeira

Foto: Honório Moreira

Sol, praia e fim de semana é a soma perfeita para o lazer de famílias e amigos na Orla da Ponta d’Areia em São Luís. Sábado e domingo são dias certos para o encontro da galera do serviço, do bairro e da faculdade que se organizam para bater aquela bolinha.

Uma prática que acontece há anos e que muda o cenário da praia nos fins de semana. A orla se torna em grandes campos de futebol para jogos organizados, com árbitros, equipagens e até premiação. Em outros casos, é necessário apenas duas traves e uma bola para que o jogo possa acontecer.

O encontro é marcado com antecedência por meio das redes sociais e não se restringe a idade, cor ou condição financeira. O objetivo principal é apenas descontrair e aliviar a tensão da semana, além de buscar a prática da boa forma e manter a saúde em dia.

Segundo o balconista José Raimundo, de 35 anos, a pelada do domingo com os amigos da empresa virou rotina e um momento de grande descontração. “Nós aproveitamos o domingo à tarde que estamos livres do trabalho, e sempre marcamos com outros times para essa pelada, que acontece sempre aqui no mesmo lugar. Eu garanto para você, esse encontro aqui é muito bom, é uma pela saudável, tranquila, sem confusão e, quando termimos, vamos tomar uma cervejinha para fechar a noite e descansar, pois na segunda-feira temos que voltar a rotina de trabalho novamente”, disse.

A “santa” pelada da Ponta d’Areia

Faça chuva ou faça sol, a praia da Ponta d’Areia é um ponto de encontro de vários grupos de amigos, de diversos cantos da cidade, para praticar a consagrada “pelada”

A amizade entre os participantes deixa o ambiente do jogo leve e descontraído. “Aqui somos todos amigos, mesmo quando não somos logo nos tornamos. Só pra você vê um exemplo, se caso um dos caras estiver bêbado, vamos deixar ele em casa. Realmente, esse jogo é uma forma de integrar mais a galera, alguns ainda aproveitam para deixar a saúde em dia”, declarou.

Participação da família
A dona de casa Maria Rosa afirma que “não gosto de jogar futebol, mas venho sempre com meu esposo. Enquanto ele joga, fico aqui torcendo e depois terminamos o dia tomando uma gelada na praia. Com o corre e corre do dia a dia, muitos não tem tempo para a esposa, para os filhos, então é por isso que nós aproveitamos esse momento para estarmos mais próximos”.

Junior Silva de 18 anos, que trabalha como repositor de mercadorias em um supermercado no bairro do São Francisco, revela como faz para participar das peladas de domingo. “Eu venho todo fim de semana para cá, aí já fico aqui aguardando o momento para me chamarem, eles sempre me chamam, inclusive acabei de jogar ali pelo time do Grêmio, mesmo não conhecendo a galera eu jogo. É um jogo bacana, sem brigas, e quando tem eles acabam e domingo estamos de volta aqui para outra partida”, revelou Junior.

Rafaela Matos acompanha o irmão. “Sem nada para fazer no fim de semana aproveito e venho assistir ele jogando”. O irmão, Marcos Matos, sempre vai à praia conforme a maré para poder bater aquela bola. “Na verdade, a galera sempre marca partidas aqui e dependendo da maré, nós estamos ai, para uma partida de futebol. Às vezes, fica mais emocionante quando é apostado. Trago sempre minha namorada, irmã, até minha mãe já veio”, disse.

Não é apenas para futebol que a galera se reúne: enquanto jogam futebol, outros sobem pipas, outros aproveitam para tomar uma cerveja gelada. “Enquanto meu marido e meu cunhado jogam bola, eu e meu irmão tomamos ‘uma’ e os meninos estão lá brincando de soltar pipa. E assim que fechamos o domingão mais felizes”, disse a dona de casa Ana.

 

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