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Câmara Municipal discute regulamentação do Uber

Desde que chegou a São Luís, o aplicativo Uber vem sendo alvo de debates entre favoráveis e contrários ao seu livre funcionamento; O vereador Astro de Ogum se reuniu na quinta-feira com outros membros da casa para levantar soluções para o caso

Reprodução

O presidente da Câmara Municipal de São Luis, Astro de Ogum, recebeu na manhã da última quinta-feira, em seu gabinete, a promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, o presidente do Sindicato dos Taxistas, Renato Medeiros e outros profissionais da área, onde iniciaram uma rodada de discussão em torno da regulamentação do aplicativo Uber na cidade.

Tramita na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 001/2017, autoria do vereador Paulo Vitor, que regulamenta o transporte individual de passageiros, previsto para ser analisado no mês de agosto. Paulo Vitor também participou da reunião, defendendo seu ponto de vista.

O aplicativo, já provocou outros debates desde que chegou à São Luís. Atualmente, está proibido de atuar na cidade, por conta de uma lei municipal aprovada ainda no ano passado, de autoria da ex-vereadora Luciana Mendes. A proibição foi mantida pela Justiça, mas algo em torno de 1.500 pessoas atuam utilizando a plataforma, provocando uma rota de colisão com os taxistas, que se sentem prejudicados.

Lítia Cavalcanti ressaltou, durante a reunião, ter conhecimento de que muitos ex-presidiários utilizam o aplicativo e lembrou  o episódio envolvendo uma enfermeira da UPA do Parque Vitória, que chamou o serviço do aplicativo e, ao chegar em casa foi assaltada pelo condutor.

O vereador Honorato Fernandes, que esteve presente no início da conversa, afirmou que “o Uber  já é uma realidade nacional e o que se precisa fazer é uma adequação, para regularizar o serviço, de forma que os taxistas não sejam prejudicados”.

Paulo Vitor defende emendas ao projeto de sua autoria, como forma de evitar essa visão em torno do Uber. Todos os participantes do encontro foram favoráveis à redução do número de operadores do aplicativo, hoje em torno de 1.500, para algo em torno de 600.

Ao encerrar a reunião, o vereador Astro de Ogum disse não concordar com a forma como o aplicativo está sendo utilizado na cidade. “Eles não pagam impostos, não respeitam as leis. A Câmara foi correta quando proibiu o serviço na capital e a Justiça agiu com extrema visão, quando manteve a nossa decisão. Defendo um pacto, envolvendo todos nós e a Prefeitura, através da SMTT, para que haja uma regulamentação que seja benéfica para todos os envolvidos, inclusive o usuário, já que temos conhecimento que os preços que eram praticados no início, já não são os mesmos”, afirmou Astro de Ogum.

Uma outra reunião, em data a ser definida, ficou marcada para que se discuta outras propostas e que seja encontrada uma solução para o impasse, através de emendas ao projeto do vereador Paulo Vitor.

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