Academia Maranhense de Letras comemora 109 anos com homenagem à Gonçalves Dias
Em torno da estátua do escritor, os acadêmicos evocarão passagens de sua vida e obra
Fundada em 10 de agosto de 1908, a Academia Maranhense de Letras completa nesta quinta-feira (10) 109 anos de tradição, cumprindo seu papel social. A data também é de celebração pelo nascimento de um dos maiores poetas nascidos em terras maranhenses, Gonçalves Dias, que escreveu com maestria no papel e na história as palmeiras e sabiás do Brasil.
Em homenagem à fundação da AML e ao nascimento do poeta, os imortais marcarão presença na Praça Gonçalves Dias em solenidade nesta quinta-feira (10), a partir das 17h30. Em torno da estátua do escritor, os acadêmicos evocarão passagens de sua vida e obra. Alunos e professores do Centro de Ensino Gonçalves Dias também deverão participar do momento.
109 anos de legados
A Academia Maranhense de Letras cumpre a função de não só imortalizar os grandes autores, mas de fomentar a literatura para manter efervescente a cultura do estado. “O papel da Academia é cuidar, mobilizar os intelectuais, promover palestras, reuniões, lançar livros, fazer conferências com pessoas que fazem cultura e literatura no Maranhão”, pontua Benedito Buzar, presidente da AML. O acadêmico explica que apesar de as instabilidades atingirem eventualmente a Academia, os momentos de prestígio sempre retornam. “Superadas as crises, [a Academia] volta ao seu papel”, comenta.
‘Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá’
Gonçalves Dias nasceu em Caxias, no interior do Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Um dos principais poetas do romantismo brasileiro e da tradição do indianismo, ficou conhecido por seu poema ‘Canção do Exílio’. O escritor é patrono da cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras e da cadeira 9 da Academia Maranhense de Letras, e foi um grande pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro.