"Balança, mas não cai"

Ocupantes de prédio condenado são instalados no “Minha Casa, Minha Vida”

Após as vistorias, que devem ser concluídas ainda esta semana, pelo menos 12 famílias serão transferidas para as unidades do Vila Maranhão III

Reprodução

Um grupo de famílias que antes ocupava o prédio Santa Luzia, o “Balança, mas não cai”, no São Francisco, foi levado para vistoriar imóveis do programa “Minha Casa, Minha Vida” nesta terça-feira (4), para onde serão remanejados. Após as vistorias, que devem ser concluídas ainda esta semana, pelo menos 12 famílias serão transferidas para as unidades do Vila Maranhão III. A ação é realizada através da Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh).

O trabalho de desocupação do prédio Santa Luzia foi planejado pela Semur desde o início deste ano com diálogo aberto e permanente com os ocupantes e população do entorno da construção. “Garantimos todo o amparo socioassistencial que que os moradores necessitavam para que fossem removidos e aguardassem um endereço definitivo”, destaca o secretário Mádison Leonardo Andrade.

O “balança, mas não cai” foi desocupado por ação coordenada pela prefeitura de São Luís, em parceria com o Governo do Estado, em 10 de maio deste ano em atendimento à decisão judicial determinada pela ara de Interesses Difusos e Coletivos, em ação apresentada pelo Ministério Público do Maranhão. O prédio apresenta risco de desabamento e deve ser demolido. Pelo menos 38 famílias ocupavam o prédio e desde então foram remanejados para as casas de acolhida temporária mantidas pela Prefeitura no Vinhais e Centro. Algumas das famílias foram inscritas no programa de Aluguel Social.

Por enquanto, das 38 famílias ocupantes do prédio desocupado, doze apresentaram a documentação exigida para inscrição no programa “Minha Casa, Minha Vida”. Todas as famílias são cadastradas no CadÚnico da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social, Semcas. A documentação está sendo encaminhada à Caixa Econômica Federal que responde pela análise dos casos. A principal exigência, além da documentação pessoal, é a condição de não mutuário ou proprietário de imóveis do pleiteante.

Mateus de Castro Castelo Branco, 18 anos, e Andreza Ketley Ribeiro Sá, 19 anos, tiveram uma filha durante o período em que moravam no prédio. Eles foram os primeiros a chegar ao centro de atendimento ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, da Prefeitura de São Luís, no São Francisco. O cadastro no programa está em nome de Mateus. “Com essa casa vamos poder criar nossa filha com mais segurança”, comentou Mateus após vistoriar o imóvel. Além das dependências da unidade habitacional, o futuro morador buscou informações sobre os serviços existentes na redondezas do conjunto residencial.

“É uma grande alegria receber um apartamento pela primeira vez na minha vida. Estou satisfeito com a solução que a prefeitura encontrou para abrigar estas famílias carentes como eu, minha esposa e minhas duas filhas”, declarou Cícero Henrique Lima Silva, 32 anos, após vistorias o apartamento 103 do Bloco I da Vila Maranhão III.

Morador do “Balança, mas não cai” durante dois anos, Cícero acredita que a nova moradia será um marco em sua vida e dos seus familiares. Segundo ele, com a casa própria, será possível organizar a economia da família juntando seu ganho com a venda de água com da esposa empregada doméstica.

Neste primeiro momento, as famílias remanejadas para a Vila Maranhão II vão receber a primeira parcela do aluguel social para cobrir despesas com mudanças e mobiliário necessário. As reuniões técnicas coordenadas pela Semcas muito contribuiu para as famílias fossem convencidas da mudança de endereço e providenciassem a documentação necessárias ao ingresso em programas de moradia.

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