SÃO LUÍS E RIBAMAR

Moradores reclamam de falta da manutenção nas galerias

É grande a reclamação por parte dos moradores em relação às galerias que, por serem malfeitas ou por estarem sem manutenção, oferecem risco para pedestres e motociclistas

Galeria aberta em plena Avenida São Luís Rei de França, Turu. Foto: Honório Moreira/ O Imparcial

Por falta de manutenção ou de projetos bem elaborados, que tenham a preocupação com o passeio público, muitas galerias ou bocas de lobo, como são popularmente conhecidas, podem causar mais transtorno do que se imagina. A função delas é garantir o escoamento de água, evitando alagamentos de ruas e avenidas durante as chuvas. Porém, muitos oferecem até risco de vida para a população. A equipe de reportagem de O Imparcial encontrou muitas delas semiabertas e outras totalmente abertas com os vergalhões expostos.

É o caso da galeria na Rua Vinte e Seis, no bairro Jardim Araçagi II, que tem uma boca de lobo coberta por uma grelha de ferro. Ela é alvo de constantes acidentes. Várias pessoas, geralmente crianças, já ficaram com as pernas presas no local. Os motociclistas também são vítimas de quedas por conta do travamento da roda entre as grelhas.

Valeria Gomes, que tem uma loja próximo à galeria, diz que viu diversas vezes pessoas se acidentarem naquele bueiro. “Aqui vive caindo gente, porque esses ferros são muito afastados uns dos outros. E ainda tem um vão imenso entre eles. Essas motos que tem o pneu mais fino, tipo Biz, sempre ficam presas aí”.

Segundo Valéria, apesar de a galeria ser grande e profunda, ainda não é suficiente para escoar toda a água das chuvas. “Quando chove, desce água de tudo que é canto. Fica tudo cheio, até na calçada. E ainda desce o lixo das pessoas que colocam na rua de qualquer jeito. Fica um fedor horrível aqui na loja. Os clientes reclamam bastante”.

Danos aos veículos

Outra galeria bastante comentada pela população, além dos vários incidentes de quedas, registra prejuízos em vários veículos. Ela fica localizada na saída da Rua 03, para a Avenida Quatro, no bairro da Cohab. Segundo os moradores, um grande fluxo de água desce pela avenida, durante as chuvas, e a galeria possui um buraco enorme para o escoamento de água e sem nenhum tipo de proteção ou grade.
Nonato Silva diz que já viu carros com pneus totalmente afundados na galeria. A maioria dos motoristas não observa que ali existe um buraco. “Para quem não conhece o bairro, é certo cair neste bueiro. Moradores já tiveram que se juntar para puxar um carro que entrou com o pneu todinho na galeria. É um grande prejuízo para o dono do veículo”. Na Avenida Daniel de La Touche, o problema de conservação se soma à falta de responsabilidade da própria população, que aproveita os buracos abertos para se desfazer do lixo.

Bueiros estourados

Além do problema das galerias, é comum encontrar bueiros estourados. E não precisa andar muito para achar. Um pouco à frente da Avenida Contorno Sul, um bueiro está vazando e exalando um mau cheiro terrível. Paulo Araújo, morador do bairro, conta que desde as últimas chuvas o bueiro está assim. “Isso está assim desde as chuvas fortes que houve em São Luís, e assim ficou. Tem que consertar isso!”.

Na Avenida São Luís Rei de França, os problemas são com a conservação das galerias. Em alguns pontos, as bocas de lobos nem deveriam ser muito grandes, pois não atrapalhariam o trânsito de pedestres pela calçada, mas, por conta da ação do tempo, parte da calçada cedeu e os buracos se tornaram armadilhas, principalmente quando chove. As próprias pessoas que passam por ali colocaram uma barra de ferro para sinalizar o risco aos pedestres.

Romulo Almeida é montador de móveis e faz bicos para se manter utilizando sua bicicleta como principal meio de transporte. Ele conta que já foi quase engolido por uma galeria quando estava chovendo. “Eu vinha no meio-fio e o buraco estava cheio de água. Quando passei com a bicicleta, escorreguei e caí longe da galeria. Ainda bem, pois ela cabe uma pessoa adulta tranquilamente”.

Posicionamento das prefeituras

A reportagem tentou contato com as prefeituras de São Luís e São José de Ribamar, responsáveis pelos locais citados na matéria.

A Prefeitura de São Luís informou que realiza o monitoramento e manutenção constante das galerias de águas pluviais da cidade, com implantação de estruturas de concreto e metálicas que facilitam o escoamento no sistema pluvial.

Já a Prefeitura de São José de Ribamar enviou uma nota à redação, informando, que, por meio da Secretaria de Recuperação da Malha Viária, Prédios e Logradouros Públicos (Semmav), a prefeitura irá encaminhar uma equipe ao local para a tomada de providências.

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