Saúde

‘Julho Verde’ faz alerta sobre câncer de cabeça e pescoço

A iniciativa, cujo tema é a divulgação “Boca a Boca”, ocorre em função do Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, 27 de julho

Quando há essas intervenções, os prejuízos são sentidos, inclusive, na readaptação social do paciente, o qual deverá ser acompanhado por profissionais de outras áreas, como fonoaudiólogo, dentista, psicólogo, pós-radioterapia e outros.

Quando há essas intervenções, os prejuízos são sentidos, inclusive, na readaptação social do paciente, o qual deverá ser acompanhado por profissionais de outras áreas, como fonoaudiólogo, dentista, psicólogo, pós-radioterapia e outros.

Ao longo dos meses, várias campanhas adotam cores como temas no combate a males que acometem a saúde humana. Uma dessas iniciativas é o Julho Verde, que é encabeçada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). A iniciativa, cujo tema é a divulgação “Boca a Boca”, ocorre em função do Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, 27 de julho. Para a data, aliás, está prevista a realização do Dia D, com a culminância da campanha.

Essa área oncológica é uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, seios paranasais, faringe, laringe, palato mole e duro, bochechas, gengivas, amígdalas, esôfago e tireoide. O médico Helder Vasconcelos destaca que algumas circunstâncias podem aumentar as probabilidades de se contrair a doença. Por exemplo, estima-se que para cada sete homens com câncer de cabeça e pescoço, apenas uma mulher se encontra na mesma situação.

No caso dos fumantes, estes têm cinco vezes mais chance de desenvolver o tumor — quando se associam ao consumo de álcool, essas chances sobrem para 10 vezes. “As bebidas destiladas também são fator de risco, principalmente quando associadas ao consumo de fumo, tabaco ou similares, conduta que potencializa o risco em até dez vezes”, explica Helder Vasconcelos, que é membro da SBCCP e faz parte da Thyreos, grupo composto pelos médicos Flávio Marcondes, Sebastião Porfírio e Júlio César.

Os especialistas chamam a atenção ao fato de o HPV estar associado a alguns tipos de cânceres de cabeça e pescoço, como o de ortofaringe, que envolve particularmente as amígdalas ou a base da língua.
Quando se fala em sintomas, os principais sinais da doença a serem observados são lesões na cavidade oral ou nos lábios com dificuldade de cicatrização por mais de 15 dias; manchas ou placas vermelhas os esbranquiçadas na língua, gengivas, no palato (céu da boca) e na mucosa jugal (bochecha); nódulos no pescoço; e rouquidão persistente.

“O câncer, antes de se tornar câncer, provavelmente foi uma lesão de crescimento ou trauma constante, com alguns sinais. O que mais chama a atenção na nossa campanha é que o câncer de cabeça e pescoço, principalmente o de faringe e laringe, deveria ser um câncer de diagnóstico precoce, porque se você tem uma possibilidade de cura acima dos 80% sem sequelas”, alerta o especialista.

Ainda de acordo com Helder Vasconcelos, “se feito o diagnóstico tardiamente, você tem uma possibilidade de cura muito menor. Dependendo da localização, em torno de 40%, ou até menos, e com uma quantidade de sequelas muito maior”, podendo ser necessária a retirada de parte da língua ou uma laringectomia total, o que implicaria em dificuldade de engolir e falar, e na possível mudança de voz e dependência de traqueostomia, respectivamente.

Quando há essas intervenções, os prejuízos são sentidos, inclusive, na readaptação social do paciente, o qual deverá ser acompanhado por profissionais de outras áreas, como fonoaudiólogo, dentista, psicólogo, pós-radioterapia e outros.

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