Um pouco de história

Exposição revela fatos que marcaram a Adesão do Maranhão à independência

A exposição ‘194 anos da Independência do Maranhão: Documentos e Obras raras’ está em cartaz no prédio do Arquivo Público do Maranhão

Maranhão só reconheceu a Independência do Brasil quase um ano depois do fato proclamado por D. Pedro I às margens do Ipiranga.

Maranhão só reconheceu a Independência do Brasil quase um ano depois do fato proclamado por D. Pedro I às margens do Ipiranga.

Um dos fatos marcantes e curiosos da história do Brasil está relacionado à Adesão do Maranhão à Independência do Brasil. No dia 7 de setembro de 1822, o imperador Dom Pedro I, com o conhecido Grito do Ipiranga, proclamou definitivamente a Independência. Apenas no dia 28 de julho de 1823, quase um ano depois que o estado aderiu ao feito histórico em meados do século XIX.

Para lembrar a data, está em cartaz a exposição 28 de julho, 194 anos da Independência do Maranhão: Documentos e Obras raras, no prédio do Arquivo Público do Maranhão, que conta com documentos importantes como o auto da Câmara Geral, que registra o termo oficial que proclama a adesão e a primeira edição do livro sobre Thomas Cochrane, escocês que venceu a batalha obrigando o estado a aderir à Independência e entrou para a história como o primeiro marquês do Maranhão.

A diretora do Arquivo Público do Maranhão (Apem), Maria Helena Espínola, destacou a importância das obras expostas que ajudam a entender melhor a história do Maranhão. “Na época, houve uma forte resistência das elites que tinham interesse em continuar colônia de Portugal, foi preciso uma batalha para que o estado se rendesse, e isso aconteceu há 194 anos, no dia 28 de julho de 1823”, explica.

As elites agrícolas e pecuaristas, eram fortemente conectadas à metrópole. Naquele período, o Maranhão era uma das mais ricas áreas do Brasil. Com forte cunho conservador, as elites locais eram avessas às ordens vindas do Rio de Janeiro. Contudo, a resistência à Independência do Brasil durou até a Batalha do Jenipapo, no Piauí, que foi definitiva para a consolidação do território nacional. São Luís, a capital, foi bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio, sendo obrigada a aceitar a Independência. Na época, as tropas de Portugal, depois de cercadas por terra e mar, acabaram por se render, e o Maranhão, a partir de 28 de julho de 1823, deixou de ser estado colonial de Portugal, tornando-se província do Império do Brasil. O apoio à Coroa resultou no abandono e descaso com a região do Maranhão, que ficou fadada ao empobrecimento. Em 2 de outubro de 1964, o então governador do Maranhão, Newton de Barros Bello, declarou feriado estadual o dia 28 de julho, sancionando a Lei de número 2.457, publicada no Diário Oficial de 7 de outubro de 1964.

A mostra 28 de julho, 194 anos da Independência do Maranhão: Documentos e Obras raras é realizada pelo Arquivo Público do Maranhão (Apem), equipamento cultural do estado vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGB), e fica aberta ao público até o dia 31 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h, no prédio do Arquivo Público, Rua de Nazaré, Centro Histórico de São Luís.

Arquivo Público do Maranhão

Funcionando em um casarão do século XIX, no Centro Histórico de São Luís, o Arquivo Público do Estado do Maranhão possui grande acervo documental histórico, desde o século XVII até os dias atuais. O maior acervo documental do Maranhão é o da Secretaria do Governo (1728-1914) e suas sucessoras (1914-1991) e dos Arquivos da Polícia Militar e Civil (1828-1976). Possui ainda os fundos de arquivo privados entre os quais estão os da Arquidiocese do Maranhão, Fábrica de Tecidos Santa Isabel, acervos de origem pessoal como os de Benedito leite, Nascimento Moraes, entre outros. Na lista das coleções, encontram-se as partituras musicais do padre João Mohana, coleções de mapas, plantas e projetos, etc. O acesso ao acervo pode ser feito aos originais e/ou pela Internet, em caso de documentos que já estejam disponíveis. O pesquisador preenche uma ficha cadastral e os funcionários do Arquivo orientam o acesso aos instrumentos de pesquisa disponíveis e aos documentos. Mais informações pelo site http://www.cultura.ma.gov.br/apem.

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