Excesso de treino pode causar problemas cardíacos?
Conversamos com um educador físico para descobrir se praticar atividades físicas em excesso acentua ou não esse problema.
Em período de férias, a preocupação com a boa forma aumenta. É nesta época que as pessoas correm atrás do tempo perdido para esculpir o corpo em academias e encarar, sem culpa, a estação mais quente do ano.
No entanto, vez ou outra, nos deparamos com casos de atletas ou pessoas que se exercitam regularmente que passam por problemas cardíacos. O educador físico Rômulo Bruzaca, da Faculdade Estácio São Luís, esclareceu se atividades físicas estimulam ou não problemas deste tipo. “Não existe diferença de prevalência [a casos de arritmias cardíacas] por nível de atividade física. Entretanto, os praticantes de exercícios regulares apresentam uma tendência de menos episódios de arritmias. Como grupo de risco estão pessoas que já tiveram evento cardíaco anterior”, disse.
“Sempre que houver a suspeita de arritmias, seja em repouso ou quando induzidas pelo esforço, o protocolo é encaminhar para uma avaliação cardiológica com o médico que irá realizar exames, como o Holter, para investigar a origem dessa desordem e o possível comprometimento em situações de esforço”, explicou o professor da Estácio São Luís.
Pessoas portadoras de diabetes, hipertensão arterial, fumantes, com colesterol alto (LDL), estressadas e com histórico familiar de doença coronária, possuem maior probabilidade de apresentar doença coronária e, consequentemente, estão sujeitas a maior risco de complicações durante a prática de exercícios.
Para prevenir possíveis casos de arritmia, o professor Rômulo Bruzaca orienta que “exames cardíacos periódicos auxiliam no diagnóstico precoce dessa doença”. No entanto, a regra é clara: se bem orientada, a malhação só traz melhorias à saúde.