Volta por cima

Especialista dá dicas para permanecer no mercado em meio à crise

Mesmo diante de um cenário incerto, ainda há oportunidades para aqueles que precisam se recolocar, mas para isso é preciso planejamento, foco agilidade na ação e abertura pessoal para abordar o mercado de forma flexível

O profissional deve aproveitar o momento do desligamento para revisitar sua trajetória, motivações, interesses, talentos, e definir os próximos ou novos o objetivos de carreira que deseja seguir.

O profissional deve aproveitar o momento do desligamento para revisitar sua trajetória, motivações, interesses, talentos, e definir os próximos ou novos o objetivos de carreira que deseja seguir.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados este mês, o número de novas vagas de emprego com carteira assinada superou as demissões. Em junho surgiram 9.821 vagas formais, fato inédito desde 2014. Com esse resultado, o Brasil fechou o primeiro semestre de 2017 com a geração de 67.358 mil vagas, expandido 0,18%. Porém, nos últimos doze meses até junho, o saldo para no mercado ainda é negativo, com a demissão de 749.060 trabalhadores com carteira assinada. Mesmo diante de um cenário incerto, ainda há oportunidades para aqueles que precisam se recolocar, mas para isso é preciso planejamento, foco agilidade na ação e abertura pessoal para abordar o mercado de forma flexível. A afirmação é de Irene Azevedoh, diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança da Lee Hecht Harrison (LHH) América Latina.

“O profissional deve aproveitar o momento do desligamento para revisitar sua trajetória, motivações, interesses, talentos, e definir os próximos ou novos o objetivos de carreira que deseja seguir: novo emprego, empreendedorismo, consultoria, vida acadêmica ou até mesmo a aposentadoria. Um processo de autoconhecimento, reinvenção e abertura pessoal é necessário para ser bem sucedido nesse momento”, diz Irene.

De acordo com a consultora, passado o baque da notícia, o profissional deve começar a refletir e avaliar o que já conquistou e o que precisa mudar. Ela alerta que definir objetivos é importante para começar a desenvolver um planejamento bem estruturado. “Afinal, só é possível definirmos qual caminho seguir, se sabemos onde estamos”, ressalta Irene, acrescentando que também é preciso analisar o mercado, considerando as oportunidades existentes e os desafios de abordá-lo de forma efetiva.

Segundo a especialista, o próximo passo é a elaboração de um currículo consistente e investir muito no networking. No primeiro, é importante o profissional destacar as realizações e habilidades e não apenas descrever cargos e experiências. É fundamental deixar claro os objetivos e não mostrar não só o conhecimento técnico, mas também a competência emocional, cada vez mais exigida pelo mercado, principalmente, em momentos de turbulência. “Ninguém quer um colaborador que fica ´paralisado´ diante de um problema”, afirma Irene.

Por último, a consultora chama a atenção para a importância de se manter aquecido o networking, um movimento que considera primordial e que tem que ser contínuo. “Não adianta apenas acionar a rede de contatos quando precisa. O networking não funciona assim. Ele é uma troca mútua e permanente, um investimento de longo prazo”, conclui.

Expandindo horizontes

A ansiedade, impaciência e frustração surgem, com frequência, como armadilhas, durante a busca incessante por uma real oportunidade e é fundamental administrá-las. “Este é um tempo de novos aprendizados, novas experimentações e novos relacionamentos e principalmente ter determinação e foco. O essencial é não ficar parado. Deve-se apostar no desenvolvimento de carreira com novos cursos, por exemplo”, indica Irene.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias