Humanização

Entenda como funciona a Casa de Apoio Ninar

Saiba mais sobre o tratamento feito na Casa que é extensão do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar)

A Casa de Apoio Ninar fica localizada no espaço da antiga Casa de Veraneio do Governo do Estado

Foi inaugurada nesta terça-feira (4) a Casa de Apoio Ninar, vinculada ao Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar) do Complexo Hospitalar Dr. Juvêncio Matos. O espaço servirá, a partir do dia 17 deste mês – quando receberá oficialmente o primeiro grupo de famílias com crianças com microcefalia congênita –, como centro de convivência e espaço para oficinas, cursos, palestras e assistência especializada de uma equipe multidisciplinar composta por 58 profissionais, para pais e crianças com problemas de neurodesenvolvimento.

De acordo com a diretora clínica da Casa de Apoio Ninar e neuropediatra, Dra. Patricia Sousa, o espaço foi pensado para não só servir de abrigo às famílias do interior que são atendidas pelo Centro de Referência, mas para dar suporte físico, emocional e educacional para pais e profissionais durante uma semana de convivência e aprendizado. “O objetivo é que esse grupo [de pais e profissionais], quando voltar pras suas cidades ou seus bairros, crie um ninho de cuidado, tomando como princípio tudo que nós vamos fazer aqui na casa”, destaca a diretora.

A neuropediatra Patricia Sousa é diretora clínica da Casa de Apoio NinarA neuropediatra Patricia Sousa é diretora clínica da Casa de Apoio Ninar

Funcionamento

Devem ser atendidas na Casa, semanalmente, 15 famílias: nove do interior, cada qual acompanhada por cinco profissionais da rede pública; e seis da capital. Para ter o acesso à Casa assegurado, as crianças devem estar em tratamento no Ninar – o que é garantido através do encaminhamento feito logo após o nascimento do bebê, pelas maternidades ou redes municipais.

No primeiro ano da Casa de Apoio, o objetivo é atender todas as 170 famílias de crianças vinculadas ao ambulatório de microcefalia congênita do Ninar. O total de famílias em tratamento no Centro de Referência, no entanto, chega a 600. Elas devem ser atendidas na Casa já no segundo ano do espaço: durante duas semanas ao mês, a partir deste período, crianças do Ninar com infecções congênitas de todos os tipos terão espaço na casa, sendo uma semana destinada a doenças raras, e outra a doenças não tão raras, como a Síndrome de Down, de acordo com a Dra. Patricia Sousa.

A Casa funcionará plenamente a partir do dia 17 de julho. Enquanto isso, atendimentos pontuais de famílias que residem na capital estão sendo realizados, assim como a capacitação dos 58 profissionais que acolherão pais e crianças.

Maternagem

O atendimento da Casa de Apoio Ninar tem como princípio a maternagem, técnica que busca estabelecer uma relação maternal entre profissional e paciente. Para isso, o espaço conta com um serviço que, além da técnica de ponta que é referência para todo o país, revela a preocupação com a humanização do atendimento.

Serão realizadas de consultas médicas com neuropediatras, psiquiatras infantis e adultos, oftalmologias, pediatras e infectopediatras à convivência com uma equipe multidisciplinar de terapia ocupacional, fisioterapia motora e respiratória, fonoaudiologia, audioterapia, musicalização de adulto e criança e dançaterapia. Tudo para garantir o bem-estar dos pequenos e dos pais.

“A gente tem uma equipe bem grande, uma equipe preparada, capacitada pra poder oferecer o que de fato eles precisam. Nós vamos orientar os pais em como orientar os filhos em todas as áreas”, explica a terapeuta multidisciplinar Valéria Ferreira, também coordenadora multidisciplinar da Casa de Apoio Ninar.

Valéria Ferreira, coordenadora multidisciplinar da Casa de Apoio Ninar e terapeuta multidisciplinarValéria Ferreira, coordenadora multidisciplinar da Casa de Apoio Ninar e terapeuta multidisciplinar

A Dra. Patricia Sousa revela também que outra grande preocupação é dar apoio aos profissionais que precisam lidar com casos difíceis. “O grande objetivo da casa também é esse, nós nos apoiarmos uns aos outros: família e equipe multidisciplinar, pra que a gente possa exercer o que há de mais nobre, que é a maternagem tanto com nossos pacientes, quanto os pais com seus filhos”, finaliza.

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