Luta sindical

Sindcelma torna-se legal e fortalece reivindicações

Sindicato tem mais de 200 filiados registrados, mas espera chegar perto dos mil sindicalizados

Anthony Dantas é presidente do Sindcelma. Foto: Honório Moreira

Foi legalizado pela Secretaria de Relações do Trabalho o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Indústrias de Papel e Artefatos do Sul do Maranhão (Sindcelma), criado em maio de 2014. A certidão, assinado pelo Coordenador-Geral de Registro Sindical, Leonardo Cabral Dias, e pelo Secretário de Relações de Trabalho, Carlos Cavalcante de Lacerda, no dia 17 de março deste ano, chegou nesta quarta-feira (7) às mãos dos dirigentes do sindicato.

Anthony Dantas, presidente do Sindcelma, fala sobre a criação do sindicato: “Surgiu em 2014, num clima de insatisfação nas negociações junto com a empresa [Suzano Papel Celulose]. Nós, trabalhadores, nos reunimos para criar o Sindcelma”, relata. O presidente conta ainda que precisaram parar de realizar filiações por conta do processo junto ao Ministério do Trabalho, para tornar legal o sindicato. “A gente tem hoje 200 filiados registrados, e a categoria tem em torno de 1.000 a 1.500 trabalhadores na região sul do Maranhão”, aponta Anthony.

O Sindcelma faz parte do Departamento Nacional dos Papeleiros, vinculado à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNPI), que realizará em julho o Encontro Nacional dos Papeleiros, em São Paulo. O sindicato é ainda articulado a organizações internacionais de países produtores de celulose, como Argentina e Paraguai.

REIVINDICAÇÕES

O presidente do Sindcelma, Anthony Dantas, conta que o setor da celulose no Brasil sente pouco os impactos das crises econômica e política, e, por isso, o sindicato busca chegar a acordos coletivos para fazer com que a classe ganhe junto à companhia Suzano Papel e Celulose. “Para 2017 existem dois processos de negociação. Um acordo coletivo, já que a data base é em agosto, e a questão do turno. Vamos convocar uma assembleia para alinhar as pautas, e tentar que o acordo coletivo de turno seja satisfatório para os trabalhadores”, pontua.

Anthony Dantas comenta, ainda, que o diálogo sempre foi pautado na articulação junto à empresa, desde o período do registro. “A gente não tinha legalidade, apesar de termos legitimidade junto aos trabalhadores. Agora, com essa carta, nós temos a legalidade e vamos a partir desse mês sentar com a empresa e ver como nós vamos construir uma relação harmônica entre os trabalhadores e a companhia”, finaliza.

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