Longa

‘Os Pobres Diabos’ terá pré-estreia em São Luís

Trama nordestina será pré-lançada no circuito comercial no dia 6 de julho

Reprodução

Com pré-estreia comercial marcada para o dia 6 de julho, em São Luís, a trama “Os Pobres Diabos” apresenta ao público o Gran Circo Teatro Americano, uma companhia mambembe e muito pobre, que perambula por pequenas cidades do sertão até armar a tenda em Aracati, no litoral do Ceará. O longa de Rosemberg Cariry reúne elementos simbólicos da cultura nordestina e, em vários momentos, o público poderá sentir o nítido diálogo entre a literatura de cordel e o circo. O filme é apresentado pela Distribuidora Maranhense Lume Filmes.

O cineasta Rosemberg Cariry nasceu em Farias Brito, no Ceará, em 1953. Realizou 12 filmes de longa-metragem como, Corisco e Dadá (1996), Patativa do Assaré, Ave Poesia (2007) e Siri-Ará (2008). Para a TV realizou dezenas de seriados, documentários e programas. É jornalista, escritor, poeta e pesquisador das culturas populares brasileiras, tendo publicado vários livros. Participou de várias entidades nacionais de cineastas e lutou pela diversidade do cinema brasileiro, sendo um dos responsáveis pelo processo de “regionalização” dos meios de produção audiovisual, que tem mudado o panorama do cinema brasileiro.

SINOPSE

“Gran Circo Teatro Americano” perambula por pequenas cidades dos sertões, até chegar à cidade de Aracati, onde monta uma peça teatral. No cotidiano do circo, acontecem aventuras as quais os personagens agem ao modo picaresco dos anti-heróis da literatura de cordel e do romanceiro popular. As dificuldades se acumulam, mas a arte ajuda a superar desventuras e tragédias. Afinal, o espetáculo não pode parar.

Para Silvia Buarque, o filme abriu-se com um bom desafio: “Trabalhei o personagem pelo afeto e até pela compaixão mesmo, no fundo, a Creuza é uma mulher carente e infeliz. Mas a Creuza tomou corpo mesmo quando começamos a rodar o filme e o Rosemberg foi me conduzindo, com a sabedoria dos mestres, que nos conduzem entendendo e ouvindo quem somos e o que pensamos. É claro que um mês no set, convivência diária, conversas, improvisações, tudo isso foi fundamental para essa comunhão. Foi uma das experiências mais ricas na minha vida profissional no cinema”.

Apesar da obra ser uma ficção, o diretor afirma que filme é uma memória reinventada da infância nos sertões do Ceará. “Lembro-me das atrações, do leão faminto que (conforme a lenda) alimentava-se de gatos; lembro-me também da cantora de rumba, do homem forte, do palhaço que cantava pelas ruas convidando para o espetáculo. As crianças que respondiam aos bordões, acompanhando os palhaços. Éramos transformados em atores coadjuvantes do grande espetáculo. Nesse sentido, o circo tinha uma função também iniciática. O sonho de todo menino do sertão era ser palhaço, mais do que trapezista ou domador de leão”, explica.

Frederico Machado, da distribuidora Lume Filmes, ressalta a importância desse lançamento para a firmação da rica e diversificada cinematografia do Nordeste: “O Nordeste hoje produz um cinema importante, em sua diversidade e proposições estéticas. Esse cinema precisa circular, ser exibido. Daí o nosso esforço para que Os Pobres diabos não ficasse restrito às mostras, nos festivais, aos cineclubes e às TVs por assinatura. Acreditamos muito no potencial desse filme e do cinema brasileiro”

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