Depois do encontro com Roseana Sarney, 13 anos depois de rompidos politicamente e sem se falarem, o deputado José Reinaldo, ainda no PSB, mas a caminho do DEM, disse a O Imparcial que tudo não passou de uma simples coincidência. Foi um encontro casual e nada mais. Disse também que vai votar as reformas da Previdência e trabalhista por pura falta de opção. O parlamentar confirmou também que o PSB está rachado ao meio na relação com o governo e que os dois ministros “socialistas” não irão atender à recomenda da direção nacional, de debandar dos cargos na Esplanada.

“Essas reformas têm que ser feitas. Ou por Michel Temer, ou por outro governo que por acaso venha ocupar o Planalto”, adiantou Reinaldo, completando que o país não aguenta permanecer como está. Brincou com a situação do PSB na relação com o governo Temer: “Metade tá dentro e metade, fora”. Ao ser perguntado qual lado ocupa na relação do PSB com o governo, ele é categórico. “Estou dentro. Não sou maluco para ficar contra, quando não há alternativa.”

José Reinaldo disse que o PSB é presidido por uma pessoa – Carlos Siqueira – que não entende de política. “Nunca sequer disputou uma eleição na vida. Está longe de Eduardo Campos (morto em 2014 em queda de avião, até hoje não esclarecida), que era uma liderança com visão de Brasil”, afirmou. Ele também garantiu que está de malas prontas para deixar o PSB. Tem vários convites, mas está inclinado a assinar a ficha do DEM, partido com o qual tem relações históricas, desde o PFL.

Encontro com Roseana

Zé Reinaldo contou como se encontrou, sexta-feira passada, com Roseana Sarney no restaurante Cabana do Sol, na Avenida Litorânea. Foi almoçar com amigos que antigamente jogavam bola na praia – Mauro Fecury, Jaime Santana e outros – quando percebeu que a área do mezanino estava tomada por pessoas. Roseana Sarney completava 63 anos e fazia sua comemoração. Resolveu sair de sua mesa para cumprimentar Zé Reinaldo e todos que estavam com ele.

“Roseana foi gentil e nos cumprimentamos. Eu não tenho mais idade para odiar. As pessoas não conhecem minha cabeça, mas ela está toda voltada para o Maranhão. Nada mais que isso. Com Roseana, foi uma coisa normal. Um gesto de simpatia. Não falamos nada de política”.
Sobre sua candidatura ao Senado, acrescentou que está indo forte e imagina que muitos nomes estão aparecendo com o mesmo objetivo, depois desistirão, por falta de densidade eleitoral. “É uma eleição difícil, diferente de deputado federal. Portanto, é preciso lastro político e densidade eleitoral”, pregou. Também disse não acreditar em candidatura imposta, de alguém que queira eleger outro de qualquer jeito, talvez falando sobre Waldir Maranhão e outros nomes.