Itaqui-Bacanga

Comunidade se une para arborizar Avenida Moçambique

Mais de 600 metros de canteiros de jardins serão construídos na Avenida Moçambique, que antes recebia lixo. A ação já está sendo realizada pelos próprios moradores da localidade

Reprodução

Canteiro Verde. Esse é o nome da ação sustentável realizada pela Associação Comunitária Itaqui-Bacanga (Acib) em parceria com a comunidade do bairro. O projeto tem o intuito de arborizar 600 metros da Avenida Moçambique, rua principal da região, que estava sendo tomada pelos lixões de comércios que ficam localizados ao longo da avenida. Ao todo, 450 mudas foram plantadas nesse corredor de sustentabilidade.

A área Itaqui-Bacanga abraça mais de 350 mil habitantes, e o Projeto Canteiro Verde tem a tarefa de mobilizar e sensibilizar toda a comunidade sobre a sustentabilidade da localidade. A ação foi liderada pelo presidente da Acib, Ivan Junior. Essa é a segunda edição do projeto, que vem envolvendo a comunidade Itaqui-Bacanga cada vez mais. “Tivemos uma edição que teve aproximadamente a participação de 150 membros do bairro. Já nessa segunda, o número passou de 360. Envolvendo adultos, crianças , idosos e público em geral”, disse o presidente.

A ação é construída pela contribuição de cada um dos moradores, seja com uma muda de planta ou com mão de obra para a pré-produção do evento. Segundo o presidente da Acib, 600 metros de canteiro na avenida estavam servindo apenas como ponto de depósito de lixo para comerciários e alguns moradores.

“É necessária a conscientização da população para a preservação do meio ambiente. Temos, com esse projeto, três objetivos: sensibilizar a população, conscientizar a preservação do meio ambiente e dar um valor estético ao nosso bairro. Temos agora 600 metros de bela paisagem e com renovação da natureza”, disse.

Segundo Ivan Júnior, a próxima etapa será restaurar os canteiros do bairro Fumacê. Além disso, até dezembro, pretendem restaurar todo o canteiro da Avenida dos Portugueses, em frente à Universidade Federal do Maranhão até a Avenida principal do bairro Anjo da Guarda. “Serão seis quilômetros de puro verde. Iremos investir na divulgação, mobilização da comunidade e, no mínimo, 15 mil mudas de plantas para essa ação”, concluiu o presidente.

Envolvimento dos moradores
Quem participou da ação disse que não vê a hora da próxima ação ser realizada. “Foi além do que eu esperava. Pensava que não ia dar quase ninguém, e que nunca conseguiria construir 600 metros de canteiros esperando a ajuda de todo mundo. Mas todo mundo vestiu a camisa e ficou, simplesmente, uma obra linda. E o melhor, focando sempre na educação ambiental, que precisa a cada dia de mais destaque”, disse a técnica em meio ambiente Elaine Carvalho, de 30 anos.

O ator Marlon Frazão acompanha os trabalhos da Acib há mais de sete anos. Segundo ele, é uma emoção a cada trabalho. “Vejo o número de pessoas cada vez mais envolvidas só crescendo. Acompanho há muito tempo os trabalhos e sempre é uma emoção nova com a sensação de dever cumprido. É um processo de adaptação e temos que movimentar para atrair a comunidade para esses tipos de ações”, falou.

Renato Porto, de 51 anos, é um dos fundadores da Acib. Existente há 15 anos, a Associação Comunitária Itaqui-Bacanga vem quebrando barreiras diariamente. “Falta atingir ainda mais a comunidade, pois são mais de 350 mil habitantes. Eles precisam conhecer e reconhecer os trabalhos que vêm sendo realizados e se envolver com eles”.

Associação da área
Atualmente, a Acib possui quatro pontos da associação em microrregiões na área Itaqui-Bacanga, como Vila Ariri, Vila Maranhão, Vila Embratel e Anjo da Guarda. Além de projetos de desenvolvimento ambiental, a Acib realiza cursos de capacitação profissional com parceria da prefeitura e governo do estado.

“Temos cursos de meio ambiente que, quando nossos alunos terminam, já são contratados para trabalhar na Vale do Rio Doce e isso é gratificante. Tendo em vista a área que moramos, esperamos que, com esses trabalhos, possamos incentivar nossa juventude e nossas crianças para seguir o caminho do bem e ajudar os jovens que seguem na marginalidade a procurar novos horizontes”, concluiu o fundador.

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