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Boi de Apolônio abre a primeira noite do Arraial do Ipem

Conhecido por sua beleza e tradição, o Boi de Apolônio se apresentará hoje às 20h no Arraial Donato Alves, na sede do Ipem

Boi da Floresta será grande atração do arraial do Ipem nesta sexta-feira (16) (foto: divulgação)

Um dos mais autênticos e tradicionais grupos de Bumba-Meu-Boi do Maranhão, o Boi de Apolônio, conhecido também como o Boi da Floresta, idealizado por Mestre Apolônio Melônio será a grande atração hoje, 16, da abertura do Arraial Donato Alves, instalado na a sede do Ipem, no Calhau.

Segundo Nadir Olga Cruz, atual dirigente do Boi da Floresta, a manifestação cultural foi fundada em 12 de março de 1972, o boi nasceu da ideia de Apolônio Melônio e do padre Italiano Giovanni Gallo pároco do bairro floresta que estimulou o surgimento da brincadeira com um empréstimo de CR$ 400,00 (quatrocentos cruzeiros) para custos financeiros do grupo.

Situado na Rua Tomé de Sousa, 101, na Floresta, bairro da Liberdade em São Luís, antes de ser conhecido como Boi de Apolônio, a brincadeira chamava-se Turma de São João Batista porque antes mestre Apolônio Melônio já havia fundado vários bois e homenageava a localidade de origem dos companheiros e neste, estava homenageando o seu lugar de origem, o município maranhense de São João Batista.

Nadir Cruz explicou a O Imparcial que o Boi de Apolônio representa o ritmo dos bois da região da baixada maranhense, chamado sotaque de Pindaré ou da baixada. E traz como estilo e vestimenta, os chapéus bordados, enfeitados de pena de ema, o personagem do cazumbá, e um ritmo mais cadenciado e lento. “Desde 1972 o boi se transformou na Associação Junina Turma de São João Batista, e tem um trabalho de formação com crianças e adolescentes, desenvolvendo atividades de bordado, confecção de careta de cazumbá, chapéus e instrumentos de percussão. Pois além de organizar, anualmente, belas apresentações de Bumba-Meu-Boi, o grupo é responsável por tirar das ruas de São Luís um grande número de jovens que aprendem aqui ofícios e valores que dão sentido às suas vidas”, explicou Nadir Cruz.

O mistério dos cazumbás

O Boi de Apolônio chama atenção pela riqueza de suas indumentárias e pelos seus cazumbás personagem característico dos bois do sotaque da Baixada. O ser mascarado e misterioso dá  margem a diversas interpretações. Nadir Cruz explica que para alguns essafigura é vista como um bicho da mata, para outros um animal da fazenda, o cabloco Preto Velho ou mesmo espirito protetor da floresta. “É considerado uma figura híbrida, entre o homem e o animal, que anda sempre em bando, carregando um chocalho na mão, usando uma bata colorida que cobre seu corpo inteiro. O seu rosto é no formato de  uma máscara ou “careta”. O Cazumbá é o primeiro personagem que entra no terreiro e sua função é de limpar o espaço para o boi poder “brincar”, ou seja  dançar”, disse Nadir Cruz.  A noite conta ainda com apresentação do Boi Novilho Branco, Cia Encantar,  show de Erasmo Dibel, Boi de Sonhos e Boi da Maioba.

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