SAÚDE

Saiba como evitar doenças respiratórias

Apesar de não ser possível prevenir algumas formas de infecção, iniciativas simples podem reduzir a possibilidade de contágio

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Com as constantes mudança de clima no estado, as doenças respiratórias são os grandes vilões para a saúde e aumentando a incidência de casos tanto na grande São Luís, como em todo o estado.

“As infecções virais mais frequentes são a gripe e o resfriado, sendo causados principalmente pelos vírus influenza e rinovírus, respectivamente. No Brasil, estima-se que mais de 40.000 pessoas sejam internadas por ano por complicações da gripe e destas 4.000 resultam em óbitos”, explica Jonatas Leônio, médico de família e comunidade.

As infecções bacterianas mais frequentes são as amigdalites, faringites, sinusites, otites e pneumonia, sendo causadas principalmente pelas bactérias pneumococo, estreptococo, estafilococo, mycoplasma, clamídia, legionela, com maior ou menor incidência de uma ou outra, dependendo da faixa etária e fatores de risco, além de crises de exacerbações em pacientes portadores de DPOC (Enfisema e Bronquite Crônica). Já as manifestações alérgicas mais comuns são a rinite, a asma e a bronquite, não sendo estas desencadeadas por vírus ou bactérias, mas sim por ativação de reações de hipersensibilidade a alérgenos, sendo os mais frequentes destes, no inverno, as mudanças de temperatura, a baixa umidade de ar, mofo, ácaros, poeira, etc.

Apesar de não ser possível prevenir algumas formas de infecção, iniciativas simples podem reduzir a possibilidade de contágio, tais como: boa higiene ambiental; evitar ambientes fechados ou sem boa ventilação ; lavar as mãos frequentemente; evitar ambientes poluídos; manter uma boa higiene corporal; evitar mudanças bruscas de temperatura e ambientes com ar condicionado; evitar bebidas muito geladas; manter uma dieta saudável e equilibrada; usar roupas adequadas à estação; manter controle rigoroso das doenças crônicas; manter padrões de limpeza adequados, combate à umidade, lavar agasalhos e cobertores antes de usar, evitar deixar animais dentro de casa, retirar dos cômodos livros ou almofadas que acumulem poeira, evitar cigarro no ambiente doméstico.

Para Sonia Maria Martins, médica de família e coordenadora do GT de Doenças Respiratórias da SBMFC, um grande problema são os ambientes fechados, sem ventilação adequada e com grandes aglomerados de pessoas, o que torna combinação ideal para disseminação de patógenos causadores das infecções. “Uma situação recente, que tem causado preocupação, são os novos ônibus públicos, sem janelas para ventilação e com ar condicionado. Para prevenir agravos nestes casos é importante orientar que pessoas que tenham tosse e espirros devem cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, além da importância da lavagem frequente das mãos e higienização adequada das mesmas”, informa.

A vacinação contra Influenza (gripe) está indicada para crianças pequenas e portadores de doenças crônicas e a vacina anti-pneumococo para idosos a cada cinco anos.
Os indivíduos com morbidade pré-existente (doenças crônicas cardiorrespiratórias e metabólicas) e idosos maiores de 65 anos, devem ser orientados a evitar fazer exercício físico de moderado a intenso em dias de baixa umidade relativa do ar. Manter hidratação adequada, exceto se restringida por orientação médica, especialmente em crianças, idosos e em indivíduos que permanecem em locais com ar condicionado.

Cuidados específicos para diagnóstico e tratamento por faixa etária
Crianças pequenas, menores de cinco anos de idade, ainda não tem o sistema imunológico bem formado, sendo mais propensas às infecções respiratórias e aos alérgenos e irritantes domiciliares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pneumonia bacteriana é a maior causa de mortes em crianças com menos de cinco anos de idade, no mundo.

As más condições de alimentação e higiene, associadas à poluição no ar em casa, especialmente pelo hábito de fumar dos pais, são fatores predisponentes e desencadeantes. Já os idosos, frequentemente possuem outras comorbidades, tais como, doenças cardiorespiratórias, metabólicas e neoplasias que contribuem para diminuição da imunidade e o aumento das infecções respiratórias. Estas acabam desencadeando exacerbações das doenças de base, o que leva a piora da qualidade de vida, aumento da morbidade e da mortalidade.

 

 

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