A relação da saúde bucal com a sinusite maxilar
Estudos mostram que 10% das sinusites maxilares são causadas por infecções bucais
Quando falamos em saúde bucal, pensamos diretamente apenas no bem-estar dos dentes e gengiva. Porém, o assunto vai muito além disso. A sinusite, por exemplo, problema muito comum entre os brasileiros, possui, em alguns casos, relação direta com questões dentárias.
A sinusite consiste na inflamação da mucosa dos seios da face, que são as cavidades ósseas localizadas ao redor do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos. Seus principais sintomas são febre alta, dor e sensibilidade no rosto, além do entupimento e corrimento nasal. Com a chegada das temperaturas mais amenas e tempo seco, há uma maior probabilidade da doença aparecer.
“Estudos mostram que aproximadamente 10% das sinusites maxilares são causadas por infecções bucais. A mais comum é a cárie dentária que se inicia de forma silenciosa e sem inchaço e pode atingir os seios maxilares. Isso ocorre, pois algumas raízes dos molares superiores possuem relação direta com o seio maxilar, sendo que o que os separa é uma fina camada óssea que pode ser rompida na presença da infecção,” afirma a dentista Rosane de Menezes Faria.
De acordo com Rosane, se ficar devidamente comprovado que o agente causador da sinusite é o dente, o otorrinolaringologista também deve ser consultado. “Vale destacar que quando essa sinusite não é tratada, existe a possibilidade de a infecção alcançar áreas vizinhas ao maxilar, que incluem o cérebro, as meninges e olhos”, alerta.
Prevenção é a palavra chave
A dentista pontua ainda que o brasileiro está culturalmente habituado a procurar o dentista apenas quando ocorre algum tipo de problema, e, portanto, torna-se mais suscetível a complicações que os problemas bucais podem vir a causar.
“A melhor forma de evitar problemas bucais é, sem dúvida, a prevenção, e quando ocorre alguma alteração bucal é sempre aconselhável que o indivíduo procure o dentista o mais rápido possível e dê continuidade ao tratamento mesmo após o desaparecimento dos sintomas clínicos”, finaliza.