O outro lado

‘Pensei que seria meu último dia’, diz agricultor atacado por índios

Domingos Gomes Rabelo foi um dos agricultores feridos no confronto com os índios gamela. Idoso corre o risco de ter mão esquerda amputada

Reprodução

O conflito entre indígenas e agricultores rurais, no povoado Bahia, próximo ao município de Viana, gerou uma grande polêmica em todo o estado do Maranhão. Além dos índios, alguns agricultores foram baleados e acabaram sendo vítimas do fato. As vítimas na manhã desta quarta-feira (03) prestaram depoimento na delegacia regional de Viana após realizarem o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Uma das vítimas foi encaminhada na manhã última quarta-feira (03), para São Luís, onde deve passar por um processo cirúrgico após ter sido atingido por uma bala na mão esquerda. O Imparcial realizou uma entrevista exclusiva com as vítimas aos ataques dos índios gamela.

Uma das vítimas foi o agricultor Domingos Gomes Rabelo, de 60 anos. Ele foi o mais ferido entre o grupo dos agricultores. O idoso após prestar depoimento nesta manhã, foi encaminhado para a capital maranhense. O mesmo corre o risco e perder a mão esquerda após ter sido alvejado por uma bala.

“Eu fui atacado com duas pauladas na cabeça e logo desmaiei, quando fui acordando já me encontrava alvejado e sangrando bastante, principalmente a minha mão. Eu juntei as forças e pedi socorro pro meu filho. Quando ele estava me carregando, outro índio o alvejou com dois tiros de chumbo no seu peito esquerdo. Quando me vi sangrando eu pensava que seria meu último dia e agora estou correndo o risco de perder minha mão”, falou o agricultor.

O Imparcial também conversou com o filho do senhor Domingos, o agricultor George Albuquerque Aires Rabelo. Segundo ele foi um ataque desumano e não tinham como se defender. “Eu estava ajudando meu pai. O medo dele morrer foi tão grande que eu nem me importei com a minha dor, só queria que ele estivesse bem. Não tínhamos nenhuma arma, apenas dor e pedido de pare! As terras são nossas, eles não podem nos tomar”, disse George Rabelo.

Agricultor George Albuquerque com marca de chumbo no peito
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