Conflito

Índio gamela descreve como foi ataque

Inaldo Serejo contou detalhes do conflito na tarde do último domingo (30) que terminou com sete feridos

Inaldo Serejo descreve ataque. Foto: Honório Moreira

Na manhã desta terça-feira (2) entidades, grupos independentes, movimentos estudantis e as vítimas do massacre se reuniram na Ordem de Advogados do Brasil (OAB) junto ao presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Rafael Silva, para buscar providências para as terras desse povo e justiça aos índios vitimados pela tentativa de linchamento. O grupo indígena ainda cobra que a Fundação Nacional do Índio (Funai) abra processo para demarcação do território.

Durante o evento, uma das vítimas do massacre, Inaldo Serejo, descreveu com detalhes como foi o conflito ocorrido na tarde do último domingo (30), no município de Viana.

“No domingo, nós fomos até a área do povoado Bahia, que tem como um dos responsáveis um advogado identificado como Henrique Matos. Chegamos a residência dos fazendeiros e conversamos com cada um de cada casa. Depois saímos para nossa terra, estávamos em um grupo de cerca de 150 pessoas mais ou menos”, descreveu.

Inaldo Serejo deixou claro que não havia nenhum conflito ou discussão até este momento. A partir da saída do grupo que houve um encontro com outro grupo de pessoas que terminou com o conflito e os ferimentos das vítimas.

“De longe vimos mais de 200 pessoas se aproximando da gente, quando percebemos que eles estavam com armas, paus e facões, começamos a fugir. Restou um grupo de aproximadamente 30 pessoas que foram golpeadas por esses fazendeiros e capangas, dentre elas eu mesmo fui vitimado. Tenho vagas lembranças do momento, sei bem que eu estava em uma das varandas da casa já com muito sangramento na cabeça, quando desacordei”, afirmou.

Por fim, o indígena voltou a afirmar que o grupo quer apenas a regularização da terra que lhes pertence, sem apelas para violência ou outros meios.

“Eu não aguento mais esse sofrimento, estamos apenas reivindicando terras que nos pertence”, encerrou.

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