Televisão

Com novo programa, Tatá Werneck segue a mil por hora

À frente do “Lady Night”, a atriz e apresentadora reforça seu espaço e investimento na tevê fechada

Reprodução

Tatá Werneck mantém uma natural curiosidade sobre tudo e todos. Não à toa, a humorista sempre cultivou uma série de perguntas e questionamentos em sua cabeça acerca dos mais variados assuntos.

Porém, ao longo de sua trajetória, ela não via muito espaço na televisão para explorar sua “verve” entrevistadora. Até surgir o projeto do “Lady Night”, do Multishow. Agora, aos 33 anos e assumindo uma posição inédita na carreira, a atriz tem a oportunidade de comandar seu próprio “talk show” e externar suas dúvidas e questões sobre os mais variados temas.

“Sempre tenho vontade de fazer uma série de perguntas, mas, em pelo menos quatro delas, eu sou processada (risos). Gosto muito dessa posição de entrevistadora e sei o quanto é difícil ser entrevistada. Tive a chance de conversar com muitos amigos que renderam histórias emocionantes”, valoriza.

Natural do Rio de Janeiro, Tatá foi um dos principais nomes da programação da extinta MTV. No canal musical, ela participou de produções como “Quinta Categoria”, “Comédia MTV” e “Trolalá”. Mas o reconhecimento nacional chegou quando a atriz estreou em “Amor à Vida”, de 2013, como a “periguete” Valdirene. De lá para cá, assumiu papéis de destaques em novelas como “I Love Paraisópolis” e “Haja Coração”.

Apesar da dedicação aos folhetins, ela encontrou espaço no Multishow para seguir investindo em programas de humor como o “Tudo Pela Audiência”. “Não acho que as coisas mudaram. Me sinto a mesma doida que foi expulsa do Santo Agostinho (colégio católico, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro). Gosto de fazer parte de um time.

Estou sempre vestindo a camisa de onde trabalho”, aponta. Em sua recente passagem pelo canal a cabo, Tatá reencontrou com Lilia Amarante, que foi responsável por aprová-la em seu primeiro teste para a MTV. Hoje, Lilian atua como diretora de criação do “Lady Night”. “Tudo começou a Lilian. Estou muito feliz de poder trabalhar com ela novamente”, elogia.

CINCO PERGUNTAS PARA TATÁ WERNECK

Como surgiu o projeto do “Lady Night” dentro do Multishow?

Sempre tive o desejo de fazer um “talk show” e o Multishow também expressou a vontade. Ano passado, começamos a planejar, mas eu estava na novela e já estava emendando trabalhos há três anos. Todas as minhas folgas da Globo eram ocupadas com gravações do Multishow. Não tinha como me doar mais. Então, decidimos fazer um programa com a banda Renatinho da qual eu participo: o “Estranho Show de Renatinho”. Esse ano, retomamos o projeto do “talk show”. Era o momento apropriado para começar.

Por quê?

Foi o único período que eu não estava com dois projetos ao mesmo tempo e pude me dedicar integralmente ao “Lady Night”. É um programa que exige um gasto energético muito grande. Por isso, adiamos tanto. Antes, eu não conseguia participar ativamente da produção. O Fábio (Porchat) participou muito mais dos roteiros do “Tudo Pela Audiência”, por exemplo. Agora, pude interferir e criar os roteiros, edições, escolhas dos convidados e até demissões (risos).

Você sentiu diferença no resultado final por estar mais próxima do processo de produção do programa desta vez?

Sim. Consegui ver de perto as ideias que funcionavam e que não funcionavam. Compreendi o tempo do programa, dos entrevistados e dos quadros. Junto com a equipe pude entender que cara o programa tem. Esse trabalho me deu muitas alegrias. Poucas vezes fui tão feliz em um projeto. Tive a chance de fazer tudo o que sempre desejei na televisão. Esse programa tem um pouco do meu DNA e de outros trabalhos meus do passado.

O formato dos “talk shows” ganhou bastante força nos últimos anos na tevê brasileira. Durante a pré-produção, vocês tentaram fugir do óbvio para não cair no lugar comum?

No início, essa foi uma questão que pautou a gente bastante. Como existem muitos “talk shows” na televisão agora, tínhamos de ir em busca de um diferencial. Não abrimos mão dos elementos conhecidos como “clichês” porque eles funcionam muito bem. Então, a gente decidiu criar uma coragem para perguntar coisas que os entrevistadores em geral não têm coragem de perguntar.

Nos surpreendemos muito como as pessoas estavam disponíveis e à vontade durante as entrevistas. Criamos um ambiente onde o convidado fosse acolhido e se sentisse bem para compartilhar as informações. Estamos fazendo e aprendendo. Vamos aprender mais ainda na segunda temporada.

Mesmo antes da estreia, o Multishow confirmou uma segunda temporada do “Lady Night”. Você ficou surpresa com a confiança do canal no programa?

Claro. Fiquei feliz e surpresa com o voto de confiança do canal. Quando terminamos a gravação, a gente saiu com a sensação de um projeto muito bom. Ficamos felizes porque percebemos que o canal estava acompanhando a gente de perto e vendo os resultados da gravação. O bom é que, qualquer besteira que aconteça durante essa temporada, não vamos ter problemas. Ou seja, o Multishow caiu como um patinho na nossa estratégia (risos).

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