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Audiência discute Hospital Militar do MA

Deputados discutiram projeto de lei sobre a necessidade e viabilidade da construção e estruturação de um Hospital Geral da Polícia Militar

Reprodução

Audiência pública proposta e presidida pela deputada Valéria Macedo (PDT) debateu, nesta quarta-feira (24), no auditório Fernando Falcão, da Assembleia, sobre a necessidade e viabilidade da construção e estruturação de um Hospital Geral da Polícia Militar do Estado do Maranhão e um Centro Integrado de Assistência Médica da Polícia Militar da Região Tocantina.

Centenas de integrantes de todas as patentes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares lotaram as dependências do auditório Fernando Falcão. Como debatedores do tema, somaram-se à Valéria Macedo os deputados Levi Pontes (PC do B), que é médico, militar reformado e presidente da Comissão de Saúde, Wellington do Curso (PP), ex-militar do Exército, Cabo Campos (DEM), militar licenciado, Vinicius Louro (PR) e Eduardo Braide (PMN).

Por parte dos militares, os debatedores, dentre outros, foram o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel José Frederico Gomes Pereira; O Diretor de Saúde da Polícia Militar, coronel Alberto Nasser; O Subcomandante da Polícia Militar, coronel Jorge Luongo, e o Comandante do Corpo de Bombeiros do Maranhão, coronel Célio Roberto Araújo.

“Quem tem direito a ter direitos é quem luta por eles. E vocês militares têm lutado muito e se mostrado uma categoria unida e organizada. Esse é um projeto que visa beneficiar todos os membros dessa corporação militar, ativos, inativos e os seus dependentes, estimados em uma população superior a vinte mil pessoas. O Hospital Geral dos Militares deverá ser construído em área própria da Polícia Militar, situada no mesmo espaço no qual se encontra o Comando Geral, no bairro Calhau. Deverá ser um hospital para atender serviços de média e alta complexidade”, esclareceu Valéria Macedo.

Foram exibidos vídeos com depoimentos de militares reivindicando a construção do hospital e mostrando a estrutura deficiente do atendimento de saúde de que dispõem hoje e, também, em contraste, a experiência do Hospital Dirceu Arcoverde da Polícia Militar do Estado do Piauí, considerado referência no Nordeste.

DEBATE

“Temos que ter um tratamento diferente. E isto não significa privilégio, mas o reconhecimento da missão que temos por dever cumprir, que é a de garantir a vida de cada cidadão. Essa é uma atividade que nos impulsiona ao perigo. Portanto, precisamos de um atendimento adequado às nossas necessidades”, defendeu de forma enfática o coronel José Frederico Pereira.

“Tínhamos um pequeno hospital que por alguma razão deixou de existir, e, que, durante muito tempo, não se tocou mais no assunto. Agora se acende uma nova chama. Esse projeto é bem-vindo e é um divisor de água. É preciso ter uma UTI e um centro Cirúrgico para atender um policial poli traumatizado. Não podemos estar na fila geral porque é muita gente. Isso não é luxo, não é vantagem, mas sim uma necessidade”, acrescentou o Comandante Geral da PM.

Para o Comandante-Geral da Polícia Militar, a sociedade brasileira precisa mudar muito os seus conceitos em relação àqueles que a protege. “É um paradoxo, no Brasil, ver aqueles que mais se expõem em defesa da vida, serem pouco valorizados. No Maranhão, estamos vendo esses conceitos se modificarem por parte do Governo do Estado, com o governador Flávio Dino (PC do B) mostrando-se sensível à nossa causa”, salientou.

O Comandante do Corpo de Bombeiros também defendeu a necessidade de um hospital para atender os militares. “Tivemos no passado e precisamos resgatar porque cada dia mais sentimos falta. A Vigilância Sanitária fechou o pequeno hospital que tínhamos, na Avenida Kennedy. Conquistarmos um outro só depende de nossa união”, frisou.

O médico cardiologista Marcone Pacheco, que atende a Polícia Militar, questionou a viabilidade da construção do Hospital Militar a curto, médio e longo prazo. “A curto prazo, porque não pensarmos em adotar um plano de saúde próprio para atender os militares. Poderia ser o FUNBEN”, indagou.

“Saúde é fundamental. É questão de honra. Os policiais militares adoecem. Ainda operamos de maneira jurássica. Temos hoje um Governo sensível à nossa causa, que é uma causa nobre. Hospital para os militares não é só uma necessidade, é uma prioridade. Vamos tirar isso do papel. Devolva-nos o nosso hospital de volta”, argumentou categoricamente o Diretor de Saúde da PM/MA, coronel Alberto Nasser.

Alberto Nasser informou que já existe um concurso para a área da Saúde em andamento dentro da Polícia Militar. “Com esse concurso já teríamos em torno de 75 profissionais das mais diversas áreas em condições de prestar serviço no Hospital Geral da Polícia Militar”, destacou.

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