Tiradentes

“Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria”

Relembre a história de Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência Mineira

Reprodução

“Pois seja feita a vontade de Deus. Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria”. Assim Tiradentes encerrou seu discurso minutos antes de sua execução, em 21 de abril de 1792.

Mártir da Inconfidência Mineira, herói brasileiro – apesar das controvérsias –, tropeiro, militar, minerador, e, como se não bastasse, aspirante a dentista. Este é Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, nascido em 12 de novembro de 1746, na Fazenda do Pombal, Minas Gerais.

O mineiro percebeu, enquanto minerador, as contradições da corte portuguesa. Os impostos, que já eram altos (era cobrado o chamado ‘quinto’, equivalente a cerca de 20% do total de ouro extraído), passaram a aumentar ainda mais com a escassez dos minérios. Foi então que surgiu um grupo que tramou uma revolta contra o autoritarismo português – os inconfidentes.

No entanto, os planos foram descobertos um dia antes do motim ser realizado. Muitos foram presos, inclusive Tiradentes, que assumiu a liderança da revolta e conseguiu liberar outros inconfidentes, sendo o único condenado à morte.

Tiradentes foi executado no dia 21 de abril de 1792, após percorrer as ruas do Rio de Janeiro como um verdadeiro mártir, sendo acompanhado por centenas de pessoas. O líder da Inconfidência foi enforcado, esquartejado e teve partes de seu corpo expostas em locais públicos: a cabeça foi encravada em uma estaca em Vila Rica, e seus membros espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro.

O que era para intimidar acabou incentivando: a partir da execução de Tiradentes, revoltas passaram a acontecer de forma cada vez mais frequente.

O FERIADO

A história cumpriu seu papel de ‘heroificar’ Tiradentes, o que inclui aumentar, por vezes, os atos do inconfidente – até mesmo no que diz respeito à aparência, já que as imagens nos livros, quadros e monumentos mostram um mártir com barba e cabelos compridos, o que se opõe à sua aparência real: careca e com um pequeno bigode.

O feriado foi deflagrado em 1965, durante a Ditadura Militar, pelo marechal Castelo Branco. No dia 9 de dezembro desse ano, foi sancionada a lei Nº 4.897, que instituía o dia 21 de abril como feriado nacional e Tiradentes como Patrono da Nação Brasileira.

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