Seguro-desemprego

Maranhão é o segundo em pedidos fraudulentos

Foram bloqueados 3,7 mil benefícios suspeitos que totalizavam R$ 24 milhões

Foto: Reprodução

O Ministério do Trabalho identificou e bloqueou 21 mil pedidos fraudulentos de seguro-desemprego. Ao identificar essas irregularidades, o governo deixou de pagar mais de R$ 120 milhões.

As fraudes tinham, na maioria, a participação de funcionários públicos, alguns terceirizados. Nem tentavam disfarçar a picaretagem. Teve um caso em que 150 trabalhadores pediram seguro-desemprego e disseram que moravam no mesmo endereço.

Só nos dois primeiros meses do ano 1,1 milhão de pessoas procuraram Agências do Trabalhador ou do Sine em todo o Brasil para dar entrada no pedido do seguro-desemprego. Um benefício importante para quem está sem emprego e sem fonte de renda.
Mas, entre os requerimentos feitos por quem realmente precisa, tem gente tentando se passar por demitido para receber o seguro sem ter direito. E não é pouca gente. Em cem dias o governo federal identificou e bloqueou 21 mil requerimentos do benefício. Deixou de pagar mais de R$ 120 milhões, que iriam para os bolsos de fraudadores.

As fraudes acontecem em todo o país. Os estados que aparecem na cor vermelha no mapa mostrado na reportagem são os que têm mais casos. O Maranhão só perde para São Paulo, que concentra a maior população do país e lidera o ranking com 5.200 casos de fraudes.

O Maranhão tem mais de 3,7 mil casos de pedidos fraudulentos de seguro-desemprego. No estado foram bloqueados mais de R$ 24 milhões em benefícios suspeitos.

Os números são do Ministério do Trabalho e foram compilados a partir de um sistema de combate a fraudes implantado pela pasta em dezembro. A plataforma permite acompanhar todo o processo entre o pedido do benefício e o pagamento feito pela Caixa Econômica Federal.

Para o ministro Ronaldo Nogueira existe uma atuação de quadrilhas especializadas em fraudar o benefício. “São recursos de considerável monta que, de certa forma, seriam direcionados para essas quadrilhas organizadas cuja expertise é fraudar o seguro-desemprego.”

Em todo o país, o menor índice de identificação de fraudes está em Rondônia, com oito casos.
Quem tiver o seguro-desemprego bloqueado será comunicado e deverá procurar o Ministério do Trabalho. Em muitos casos, o próprio trabalhador não sabe que seus dados foram utilizados por fraudadores.
As fraudes comprovadas são comunicadas à Polícia Federal.

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