Concurso

Mais de 200 vagas na Marinha

Os aprovados estudarão gratuitamente, além de ganharem alimentação, uniforme, vencimentos e assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa

 

 

A Diretoria de Ensino da Marinha (DEnsM) oferta 190 vagas para o Colégio Naval e 30 para a Escola Naval. No primeiro caso, todas as oportunidades são exclusivas para homens e 38  são destinadas apenas a negros. Já na segunda instituição, há 18 postos vagos para homens (dos quais quatro serão para cotas) e 12 para mulheres (das quais duas para cotas). As candidatas deverão ser alocadas no Corpo de Intendentes da Marinha. Os aprovados estudarão gratuitamente, além de ganharem alimentação, uniforme, vencimentos e assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa. Para participar do Colégio Naval, é preciso ser brasileiro nato do sexo masculino, não ser casado ou ter constituído união estável, ter de 15 anos ou menos de 18 anos em 1° de janeiro de 2018, além de ter concluído o 9° ano do ensino fundamental ou estar em fase de conclusão. Os pré-requisitos para ingressar na Escola Naval são ser brasileiro nato, não ser casado ou ter constituído união estável, não ter filhos, ter de 18 a menos de 23 anos em 1° de janeiro de 2018, além de ter concluído o ensino médio.

 

Ambos os concursos são compostos pelas seguintes etapas: prova objetiva; redação dissertativa; inspeção de saúde, teste de aptidão física (natação e corrida), verificação de documentos e período de adaptação. No caso da Escola Naval, haverá ainda verificação de dados biográficos, avaliação psicológica e curso de formação. As disciplinas cobradas na prova objetiva do Colégio Naval são matemática (20), inglês (20), estudos sociais (12), ciências (18) e português (20). O certame da Escola Naval trará itens sobre matemática (20), inglês (20), física (20) e português (20).

 

Carreira militar

Pedro Paulo Réquia, 17 anos, decidiu que queria ser militar aos 10. Hoje, além de cursar o 3º ano do ensino médio, faz um cursinho preparatório. “Ingressar no Colégio Naval será uma oportunidade de seguir essa carreira”, acredita. Esta será a quarta vez que ele fará a prova. “No primeiro e no segundo anos, eu não tinha me preparado muito bem. No ano passado, consegui ser aprovado, mas como excedente. Eram 200 vagas e fiquei na 250ª posição”, lembra. Há quase dois anos, o candidato faz um cursinho presencial e estuda três horas por dia. “A matéria em que eu tenho mais facilidade é matemática. A mais difícil, para mim, é português”, diz.  Pedro está confiante com relação ao certame, mas também um pouco nervoso.

 

Desde criança, Guilherme Palhares, 19 anos, sonha em ser aviador. Em 2016, Guilherme foi aprovado para ingressar na Academia da Força Aérea (AFA), mas foi barrado no teste psicológico. Em 2015 e em 2016, passou para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), mas decidiu não assumir. “Preferi continuar estudando para a Escola Naval, pois, na Marinha, é possível fazer um curso de formação para aviador”, diz ele, que faz um cursinho preparatório há dois anos de olho na seleção. Apesar de, geralmente, o concurso da Escola Naval ser aplicado em setembro e, este ano, provavelmente ocorrerá no primeiro semestre, o candidato não está temeroso. “Estou me preparando há muito tempo, então estou tranquilo”, garante.

 

Professor de matemática do curso Seleção, José Gutembergue explica que os dois concursos costumam cobrar todos os conteúdos presentes no edital e, muitas vezes, mais de uma matéria na mesma questão. “Na prova do Colégio Naval, existem mais questionamentos sobre álgebra e, na avaliação da Escola Naval, os itens se concentram em geometria analítica”, comenta. Matemático e físico pela Universidade de Brasília (UnB), Gutembergue aconselha os candidatos a fazerem provas anteriores para identificarem os assuntos em que têm mais dificuldades. “Os participantes têm cerca de três minutos para responder cada pergunta, então é importante saber de tudo um pouco”, alerta. Graduado em letras pela UnB, Marcos Vinícius Faria dá aulas de português no curso Degraus e comenta que os assuntos que mais caem no certame são a partícula “se”, vozes verbais, tipos de sujeito e concordância.

“Também é cobrado o verbo haver, pronomes demonstrativos, analíticos e catafóricos”, afirma. Faria orienta que os estudantes leiam muito e fiquem atentos às atualidades. “Ter esses conhecimentos é fundamental para a interpretação de texto”, observa. André Dias, professor de inglês do curso Zero Um, afirma que as duas provas são as mais trabalhosas em inglês entre os concursos militares. “Tende a ser uma parte extensa e bem abrangente, que envolve desde interpretação de texto e vocabulário até gramática sintática”, explica. Dias observa que os temas mais frequentes são pronomes, artigos, verbos modais, tempos verbais, preposições, conjunções, comparativos e superlativos.

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