Sete artesãos maranhenses participam do 9º Salão do Artesanato, aberto quarta-feira (29), em Brasília. Até domingo (3), eles apresentam seus trabalhos para um público estimado em 60 mil pessoas que estão circulando em uma área de 19 mil metros quadrados do Pavilhão Expobrasília do Parque da Cidade, onde o evento está sendo realizado. Outros cinco artesãos estão com suas criações comercializadas no salão por meio de procuração. A ação é promovida pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Sectur) e Coordenação Estadual do Artesanato.

O Maranhão tem mais de 500 peças expostas em um estande de 55 metros quadrados, ambientado com referências culturais do estado. No local o público tem a oportunidade de ser fotografado com dois personagens do bumba-meu-boi: o Rajado e a Índia, emoldurados por dois bois criados pelo artesão Douglas Lopes. Azulejaria, cerâmica, roupas e instrumentos próprios do tambor de crioula, fibras naturais, couro e sementes, expostos no estande, proporcionam aos visitantes um momento de encantamento. “Estou achando tudo muito lindo. O Maranhão tem um trabalho muito interessante, que soma riqueza estética com outras utilidades das peças; estou encantada”, afirma a empresária brasiliense, Lauana Lima.

“Há alguns anos, o artesanato maranhense ficou fora das exposições de Brasília. A retomada da divulgação é um meio de valorização de nosso produto nesse mercado que é o segundo maior emissor de turistas para o Maranhão”, explica a coordenadora do Programa Estadual do Artesanato, Viviane de Jesus. O salão promove a difusão e intercâmbio de culturas, a comercialização de produtos artesanais e a troca de conhecimentos. O público tem a oportunidade de conhecer uma grande variedade de técnicas e materiais como cerâmica, madeira, fibras naturais, tecidos, materiais reciclados, vidro, entre outros.

Para o artesão José Carlos Martins, a presença do Maranhão representa o retorno do estado às feiras. Longe das exposições há 15 anos, a participação dele no evento do Distrito Federal trouxe grande surpresa. “Logo no primeiro dia, surpreendeu e, até domingo nossa expectativa é muito positiva para alavancar as vendas”, destaca. O trabalho desenvolvido por ele é um diferencial do Maranhão no evento. Suas criações são em cerâmica vitrificada, que ampliou, no estande, o leque de técnicas desenvolvidas no segmento cultura popular.

Ivanilson Muniz, conhecido artisticamente como Nil Muniz, também voltou as feitas, neste Salão de Brasília. Está expondo cazumbás, o Fofão e suas máscaras são os destaques apresentados pelo artista.

O salão

Nesta edição do Salão do Artesanato é formado por mais de 200 estandes e trabalhos de cerca de 1.500 artesãos de 17 estados brasileiros que participam por meio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). Cada estande está apresentando o trabalho de artesãos e/ou cooperativas, compondo um amplo painel de diversidade, da qualidade e originalidade do artesanato nacional. É um dos maiores eventos do segmento no Brasil. Tem apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), vinculado à Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, da Secretaria de Governo da Presidência da República, da Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal, entre outros.