Serviço ambulatorial do Nina Rodrigues é ampliado
Hospital deve contar com dois novos ambulatórios especializados a partir de março. Com isso, a unidade passa a ter seis locais deste tipo
Os serviços ambulatoriais do Hospital Nina Rodrigues serão ampliados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A unidade de saúde, que já conta com quatro ambulatórios especializados, contará com mais dois a partir de março. O atendimento alcança pacientes recebidos pela unidade de saúde e faz parte das atividades do Programa de Residência Médica, que está completando três anos de implantação.
Atualmente, a unidade dispõe de ambulatórios para transtorno de ansiedade e de humor e de psiquiatria infantil e geriátrica. Os pacientes atendidos nos ambulatórios passam por triagem na urgência, quando são diagnosticados e encaminhados para tratamento. Os casos mais sérios são acompanhados nos serviços ambulatoriais. A partir de março, entrarão em funcionamento os ambulatórios especializados para tratamento de esquizofrenia refratária e para transtorno de personalidade.
O diretor do Hospital Nina Rodrigues, Ruy Cruz, contou como o atendimento ambulatorial interfere positivamente no tratamento dos pacientes recebidos na unidade de saúde. “A ampliação desse atendimento possibilita a qualificação do profissional em formação na residência médica e gera efeitos positivos nos pacientes, que passam a contar com um olhar integral à sua saúde. O ambulatório permite que sejam identificadas as causas e as doenças que estão associadas aos sintomas apresentados pelo paciente”, afirmou.
O médico psiquiatra e vice-coordenador em exercício do programa de Residência Médica, Hamilton Raposo, explica a escolha da especificidade dos novos ambulatórios. “O modelo do programa de Residência Médica foi planejado de modo que pudesse ampliar os serviços da Secretaria de Saúde, bem como servir como núcleo de treinamento para os médicos residentes. Ao longo do programa, avaliamos a demanda e percebemos o nível de incidência dos casos”, disse.
Cada ambulatório conta com cinco médicos, funciona uma ou duas vezes na semana e atende até 15 pacientes por dia. “Com esses serviços, temos condições de acompanhar os pacientes mais graves, que necessitam de uma atenção frequente. A proposta é conduzir os pacientes de forma adequada, de modo a evitar a internação, que não está mais prevista no quadro da reforma psiquiátrica. Para isso, precisamos iniciar o acompanhamento o mais rápido possível para evitar consequências graves”, explicou o psiquiatra Hamilton Raposo.
Os pacientes são acompanhados por profissionais da residência médica, que partilham os conhecimentos e trocam experiências, princípios que fazem parte do processo de aprendizagem do programa. “Temos uma equipe capacitada e gabaritada para lidar com os casos e fazer o melhor pelos pacientes”, concluiu o psiquiatra. Além do Hospital Nina Rodrigues, os médicos atuam no Hospital Carlos Macieira, nos Centros de Atenção Psicossocial e na Unidade de Acolhimento Transitório (UAT), na Cohab.