Saneamento

São Luís pode ter 70% do esgoto tratado

A expectativa é que sejam investidos mais de R$ 310 milhões até 2018 na capital

ETE do Vinhais. (Foto: Karlos Geromy)

Até 2018, a expectativa é que sejam investidos mais de R$ 310 milhões em implantações de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), em São Luís. A ação já reflete diretamente na balneabilidade de praias e rios da capital maranhense, além de levar saneamento básico à população mais carente. Com a totalidade dos investimentos, o número de pessoas atendidas salta de 295 mil para 738 mil beneficiados, o que corresponde a 68% da população de São Luís. Serão 211 mil domicílios inseridos no programa de melhoria da rede de esgoto do Maranhão.

Atualmente, são três ETEs em operação, sendo uma desta, a do Vinhais (localizada na Via Expressa), inaugurada em 2016, no governo Flávio Dino. A estação tem sido responsável por atender 48 bairros da capital, alcançando diretamente mais de 350 mil pessoas que residem em 103 mil domicílios. Completando o número de redes de atendimento de esgoto, as estações do Jaracaty e do Bacanga, que somadas atendem uma média de 295 mil pessoas. As sub-bacias, do Canaã e dos rios Pimenta e Claro abrangem mais de 23 mil pessoas.

“A ETE Vinhais é o maior aparelho entre as quatro ETEs que estarão em funcionamento em São Luís. Até 2018, a nossa meta é chegar a 70% de esgoto tratado. Muito já avançamos com a entrega da ETE Vinhais, que já está operando com aproximadamente 400 litros por segundo, e teremos resultados cada vez mais positivos”, avalia o presidente da Caema, Davi Telles.

Com previsão de entrega para o final do primeiro semestre de 2017, a quarta Estação de Tratamento de Esgoto a entrar em operação será a do Anil. O sistema atenderá 16 bairros de São Luís, gerando impacto positivo na vida de mais de 56 mil habitantes. A capacidade de vazão será de 120 litros por segundo. O investimento na obra é previsto em torno de R$ 25 milhões.

Nesta quarta obra, serão inseridos, 49 metros de rede coletora de esgotos, 4.451 metros de linha de recalques, que juntamente com as 12 estações elevatórias, serão responsáveis pelo bombeamento e transporte de todo esgoto gerado nos bairros do Anil, Liberdade, Camboa, Fé em Deus, Ivar Saldanha, Santa Cruz, Vera Cruz, Radional, Vila Palmeira, Barreto, Alemanha, Caratatiua, Monte Castelo, Jordoa, Veneza e Ivar Saldanha até a ETE Anil.

Na complementação da obra do Anil, serão instaladas as ligações prediais de esgotos a rede coletora, os kits sanitários, o coletor tronco (tubulações subterrâneas usadas para saneamento de esgoto) e o interceptor da área. “Tudo leva crer, com o andamento dos serviços que estão em execução, que o começo da operação da ETE Anil seja em junho deste ano”, adianta o diretor de Engenharia da Caema, José Luiz Bastos.

Além das ETEs, a Caema vem realizando operações de otimização dos equipamentos de esgoto das vias em São Luís. Uma das ações foi a obra da Daniel de La Touche, refletindo diretamente na balneabilidade das praias. “Os laudos já apontam a melhoria nas praias, mas ainda temos um problema sério em São Luís é que muitos usuários ainda jogam o esgoto sanitário na drenagem pluvial, e como nós estamos no período de chuva, a drenagem toda vai se dirigir para os rios ou praia e por isso, com a incidência de chuva, a balneabilidade não é plena. No entanto, temos 26 pontos de praias cadastrados e temos 80% dos pontos indicando que a praia está em condições de balneabilidade”, comenta José Luiz Bastos.

As intervenções foram feitas com recursos oriundos do PAC, e alcançaram um trecho de mais de 2km da avenida. O trecho de obra é compreendido entre o Elevado da Cohama e o bairro do Cohajap. A medida visa garantir a coleta e destinação adequada do esgoto produzido na área compreendida pela bacia do Vinhais, e também evita problemas maiores devido a fragilidade da rede composta por tubulações muito antigas de cimento amianto, instaladas no local no ano de 1985.

“Na época foi implantando um interceptor em tubo de concreto de 600 milímetros. Por conta das ações dos gases desprendidos na coleta do esgoto e da passagem de transportes pesados, como ônibus e caminhões, provocando a fissura do tubo. Este emissário de 600 milímetros está desativado, sendo substituído por outro, em um outro ponto da via, de 800 a mil milímetro que já está em pleno funcionamento”, explicou o diretor.

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