OPINIÃO

Leia ‘O avesso da xenofobia’, do advogado Pedro Leonel

Constata-se dessa maneira que tais analistas confundem jornalismo isento com torcida engajada, daí porque não merecem credibilidade

O presidente Trump voltou ao proscênio do noticiário, desta vez com seu decreto anti-imigração. Deu o que falar. A imprensa quase unânime criticou a medida, considerando-a sobretudo como um ato de xenofobia. Alguém chegou a dizer que Trump, com seus atos insensatos, de começo de governo, estaria repetindo o nosso inefável Jânio Quadros na presidência do Brasil. Como se lembram, Jânio foi aquele que, na sua curta presidência, desvairou por completo até quando em momento de lucidez resolveu simplesmente renunciar ao cargo. Não tem faltado, assim, certo tipo de analista a dizer que o birutão americano cedo desaparecerá de cena por deposição, renúncia ou até mesmo por uma providencial bala assassina. Constata-se dessa maneira que tais analistas confundem jornalismo isento com torcida engajada, daí porque não merecem credibilidade.
Na verdade, em panorama genérico, é fácil verificar que as medidas governamentais de Trump não são criticadas por serem de sua responsabilidade e sim por serem frontalmente contrárias à agenda esquerdista que há oito anos vinha sendo praticada pelo governo Obama.
Tome-se como exemplo a questão imigratória que o pensamento liberal (americano) entende expressar uma xenofobia trumpista. Com efeito, para o esquerdismo é fácil gritar “xenofobismo!” como ideia solta, fora de todo o contexto cultural, histórico e estratégico, no que toca aos EUA de hoje, resvalando essa análise a um mero subjetivismo sem sério suporte a dados objetivos. Experimente visualizar a questão apenas por este prisma: acaso estão os EUA jungidos a qualquer obrigação de ordem jurídica, moral ou mesmo humanitária a receber certo tipo de alienígena? Isso para não ser enfrentada a coisa pelo aspecto do custo social e da segurança pública. Vendo mulheres nas passeatas americanas contra o xenofobismo, o jornalista Leo Hohmann foi preciso: elas fecham as portas da vida a seus bebês e abrem as portas da América aos terroristas.
Outro ponto da política imigratória de Trump que não deve ser desprezado é a questão da massificação daqueles que demandam a América: acolher os indesejados é forma indireta de prejudicar os melhor qualificados. Vão chamar isso de elitismo ou preferem negar ao país recipiente o direito a sua autonomia e soberania? Por que não falar em xenofobia necessária ou salutar?
Por isso tudo chego a enunciar um princípio: o imperativo moral de conviver não pode ser superior ao imperativo biológico de sobreviver. Afinal de contas, é da responsabilidade do governo americano velar pela segurança interna, tarefa essa que não pode ser delegada aos bem pensantes da mídia ou às mulheres enraivecidas das passeatas. Legítima defesa é a razão maior dessa política.
Voltando ao Jânio, diziam dele ser parecido ao Paganini: este tocava Stradivarius, enquanto o Quadros tocava no c. de vários. Não está sendo diferente o estilo Trump.
P.S – Não sei qual a mais asquerosa das baixarias: a dos internautas que desejavam a morte de Dona Marisa ou a de seu marido explorando politicamente o cadáver da esposa.

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