A audiência que começou às 9h30, foi conduzida pelo Procurador do Trabalho, Maurel Selares e contou com a presença do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, representantes do município, do sindicato patronal (SET), além do Consorcio São Cristóvão, que foi extinto com a finalização do processo de licitação do transporte público de São Luís. Somente deste consórcio são mais de 50 trabalhadores que precisam receber as verbas rescisórias devidas.

Depois de garantir em acordo na Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, que o pagamento das rescisões aconteceria nos dias 24 e 25 de janeiro e descumprir com o que havia sido estabelecido, nesta sexta-feira (3), os advogados do referido consórcio, alegaram que os empresários não tinham condições financeiras de arcar, a vista, com os pagamentos e que estavam dispostos a fazer um novo acordo. A proposta apresentada definia o pagamento das rescisões, em 10 vezes, o que de imediato, foi rejeitada pelo Sindicato dos Rodoviários.

Após a negativa, a proposta foi refeita pelos representantes do Consórcio São Cristóvão. O pagamento das rescisões, incluindo a multa de 40%, seria dividido então, em menos parcelas, ou seja, em quatro vezes. O Sindicato dos Rodoviários, por sua vez, não deu qualquer resposta em relação a esta proposta. A entidade levará ao conhecimento dos trabalhadores e caberá a categoria, decidir. Uma nova audiência, para retomar as discussões e apresentar o posicionamento dos trabalhadores, foi marcada para a próxima quarta-feira (08).

“Em respeito a nossa categoria, apresentaremos aos trabalhadores prejudicados por esse descumprimento de acordo por parte dos empresários, essa nova proposta. Eles é que decidirão. Temos o dever, a obrigação e o compromisso, de acatar com o que os Rodoviários, assim definirem. Não queremos e não vamos sair dessa luta, sem que nossos direitos sejam garantidos. Na próxima semana retornaremos ao MPT, para informar qual o posicionamento dos trabalhadores, além é claro, de buscar uma solução, junto a justiça, para os funcionários do Consórcio Rio Anil, que se encontram ainda, sem uma resposta sobre o pagamento das rescisões”, ressalta Isaias Castelo Branco, Presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.