Emprego e Negócios

Crise econômica também é combustível para empresas se reinventarem

O empresário pode aproveitar o momento para revisitar práticas equivocadas na companhia, mexer em estruturas internas e criar negócios, estimular a criatividade

Inadimplentes serão impedidos de participarem de concursos públicos. (Foto: Reprodução)

Se a crise econômica assusta, ela também representa foco de oportunidades. O empresário pode aproveitar o momento para revisitar práticas equivocadas na companhia, mexer em estruturas internas, criar negócios, estimular a criatividade na equipe ou aproveitar a concorrência para trazer inovação. No ambiente externo, a crise pode servir para que o setor produtivo faça pressão e para que o Estado invista em políticas públicas de estímulo aos pequenos negócios, consertando velhos erros, como os gerados pela burocracia — tempo extenso para abertura de empresas, excesso de documentação exigida e dificuldade de implementar políticas de fomento, como crédito.

Mesmo diante do cenário desgastado pela crise, especialistas e entidades de classe acreditam que 2017 será um ano melhor do que 2016. O Sebrae divulgou um estudo com os segmentos de destaque. Entre as apostas do órgão estão aquelas relacionadas a serviços de reparação, como o de pequenas reformas, conserto de veículos usados e manutenção de computadores. Com a queda no consumo, os clientes devem conservar os bens já adquiridos. Outro caminho mostrado pelo Sebrae é o da praticidade no dia a dia, como a alimentação pronta e saudável. O setor de inovação também está entre os negócios promissores.

“Oportunidade tem em todo canto. O consumidor continua consumindo. O empresário precisa se adaptar ao que ele está consumindo”, acredita Antônio Valdir de Oliveira Filho, superintendente do Sebrae-DF. Ele aconselha ainda que o empreendedor leve em conta a sua vocação na hora de abrir um negócio e também estude o mercado. “O pequeno empresário precisa lembrar que ele é um faz-tudo dentro da empresa, ele não é só investidor. Por isso, ele precisa entender e gostar do que faz.”

Um dos setores apontados pelo Sebrae como promissores é o de preparação de alimentos. São negócios como o de Evelyne Ofugi, 34 anos, proprietária da Bentô Kids. A empresa tem sete anos de existência e, durante esse tempo, Evelyne saiu de microempreendedora individual (receita bruta de até R$ 60 mil ao ano) para microempresa (receita bruta de até R$ 360 mil). A Bentô Kids prepara alimentos saudáveis e criativos para crianças. “Há uma tradição oriental de enfeitar a comida e eu fazia isso com a comida do meu filho. De repente, esse carinho foi crescendo e interessando as pessoas”, comenta.
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