CANCELOU

Trump corta financiamento de entidades pró-aborto no exterior

Os democratas denunciaram a ordem assinada como uma “obsessão perigosa” ao reverter o que chamaram de “direitos reprodutivos”.

Reprodução

É oficial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump acabou de assinar três ordens executivas: uma oficialmente retirando os EUA da Parceria Trans-Pacífico, uma segunda instituindo o congelamento de contratações federais – exceto para os militares – e a terceira ordem executiva assinada limitando o financiamento de aborto e suas organizações no exterior, segundo informações do The Hill e New York Daily News.

A mais comentada e esperada foi a ordem executiva bloqueando a ajuda externa ou o financiamento federal para organizações internacionais não-governamentais que fornecem ou “promovem” abortos. A ordem veio um dia após o 44º aniversário do decreto da Suprema Corte do embate jurídico “Roe V. Wade” que tornou o aborto legal e dias antes da “Marcha pela Vida” anual em Washington em 27 de janeiro.

A chamada “política da Cidade do México”, estabelecida pelo presidente republicano Ronald Reagan em 1984, bloqueia o financiamento federal para instituições de caridade de planejamento familiar internacional que praticam abortos ou “promovem” o procedimento fornecendo aos pacientes informações sobre ele, inclusive oferecendo referências a órgãos que fazem aborto. O presidente Obama revogou a política de restrição quando assumiu o cargo em 2009.

A proibição de Trump poderia afetar organizações estrangeiras como a International Planned Parenthood Federation (IPFF), que atua em mais de 180 países e que em 2015 teve algums de seus administradores flagrados negociando e vendendo partes de crianças abortadas em um escândalo mundial. Obama reinstituiu a política de financiar a entidade novamente em 2009 – após a mesma passar a era Bush sem receber verba federal. A Planned Parenthood então veio com um novo foco que era atuar nos países pobres.

O orçamento da entidade promotora do aborto em 2016, por exemplo, foi de US $ 607,5 milhões em financiamentos apenas para suas filiais internacionais, de acordo com o Instituto Guttmacher, um grupo de pesquisa que apóia o aborto, mas que já sofreu inúmeras denúncias de falsificar dados e números sobre o aborto, inclusive denúncias no Senado Federal brasileiro feitas pela especialista no tema Isabela Mantovani.
 
Inúmeros políticos republicanos rapidamente elogiaram a ordem como um avanço das políticas pró-vida que protegem os fundos dos contribuintes.

“A vida é um dom precioso e sagrado, e devemos fazer tudo o que pudermos para protegê-lo. Aplaudo o Presidente Trump por tomar esta importante ação e espero continuar trabalhando juntos no avanço das políticas pró-vida e na proteção dos dólares dos contribuintes”, disse o representante Michael Burgess do Texas, presidente do subcomitê de saúde da Câmara Federal dos Estados Unidos.

O vice-presidente Mike Pence também é um firme defensor anti-aborto e aprovou várias leis restringindo o procedimento enquanto governador de Indiana. Enquanto estava no Congresso, Pence apresentou vários projetos de leis que proibiriam o financiamento federal para as organizações que fazem abortos.

Os democratas denunciaram a ordem assinada como uma “obsessão perigosa” ao reverter o que chamaram de “direitos reprodutivos”.
 
A ordem anti-aborto pode assumir um grande significado este ano, dadas as batalhas culturais que cercam Trump, muitos dos quais são centrados em torno dos “direitos das mulheres”.
 
Apenas dois dias atrás, centenas de milhares de pessoas se reuniram em Washington, D.C., um dia depois da inauguração de Trump, para uma marcha de mulheres protestando contra Trump – movimento que como noticiou O Imparcial teve a participação de inúmeras organizações ligadas ou financiadas ao magnata judeu George Soros. Muitas pessoas carregavam cartazes nessa marcha em favor do aborto.
 
Repercussão sobre as outras ordens assinadas

Em relação as outras ordens executivas assinadas, Trump comentou a saída da parceria Trans-Pacífico – que contava com 11 nações além dos Estados Unidos – como algo pensado para ajudar o trabalhador americano. Entretanto ele não assinou nenhum documento que encaminhe uma renegociação do acordo do Nafta – com o México e o Canadá – mas disse no domingo (23) que começaria conversações com os dois líderes das nações citadas sobre possíveis modificações do acordo.

Outra ordem executiva assinada por Donald Trump foi um memorando que congela a contratação de alguns servidores do governo federal, buscando assim uma forma de reduzir as folhas de pagamento e controlar o tamanho da força de trabalho federal. Tal diretriz de Trump foi uma de suas promessas de campanha. Ele revelou aos repórteres que os membros do exército serão isentos do congelamento de contratação. O memorando assinado por Trump é semelhante ao que o presidente George W. Bush assinou no início de sua administração em 2001.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias