Presidente da Polônia rejeita aprovar casamento gay
O presidente polonês disse que a Constituição do país define o casamento como sendo entre homem e mulher, acrescentando que a maioria da classe política não mudará a lei.
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, descartou qualquer possibilidade do país aprovar o casamento homossexual. Duda afirmou que a questão do casamento é “clara e expressamente regulada na Constituição” do país, segundo informou a rádio Poland, do próprio país europeu.
Em entrevista à emissora TV Republika, Andrzej Duda foi perguntado se é possível que organizações internacionais, grupos lobistas e também alguns países europeus poderiam forçar a Polônia a aceitar o casamento gay.
O presidente então se respaldou na Constituição do país afirmando que a Carta Magna polonesa determina que o casamento é entre homem e mulher e que não haveriam políticos atualmente na Polônia dispostos a fazerem alterações nesta questão.
“Não acho que a maioria da classe política de hoje concordaria com qualquer emenda à Constituição nesta área, diluindo esta cláusula e promovendo a interpretação aberta de que o casamento também poderia incluir outros gêneros”, pontuou Duda.
E acrescentou o presidente, “repito inequivocamente: o casamento de acordo com a Constituição polonesa é uma união entre um homem e uma mulher”.
A Constituição da Polônia é uma das sete na União Europeia a proibir o casamento gay, e o país é um dos seis no bloco de 28 membros a não permitir as uniões civis do mesmo sexo.
O partido de Direito e Justiça (PiS) na Polônia chegou ao poder no final de 2015 promovendo os valores polacos tradicionais, da família e das tradições católicas.
Vale lembrar que em novembro de 2016, inúmeros manifestantes nacionalistas da Polônia – aos gritos de “Deus”, “Honra” e “Pátria” – queimaram um monumento em homenagem a causa LGBT feito de flores de papel. Desde que foi erguido em 2014, a peça já foi queimada quatro vezes.