Pão Com Ovo fará turnê em São Luís e Rio
Comédia de maior sucesso do Maranhão completou 5 anos em dezembro e tem pela frente um 2017 com agenda cheia, novos projetos e novas aventuras
Dijé, Clarisse, Zé Maria. Se você não sabe quem são esses personagens ou ainda não ouviu falar, você é das poucas pessoas de São Luís que ainda não viu nenhum espetáculo Pão Com Ovo ou não assistiu a nenhum vídeo Tá Bom Xerosa compartilhado milhares de vezes nas redes sociais. O trio faz sucesso com a peça protagonizada por Adeilson Santos, César Boaes e Charles Junior (respectivamente) e que já foi assistida por mais de 600 mil pessoas de São Luís a Lisboa nos últimos 5 anos.
Agora, os atores se preparam para a segunda temporada no Rio de Janeiro, que vai de 12 de janeiro a 5 de março no Teatro Miguel Falabella, mas antes, eles fazem a temporada de férias em São Luís, no Teatro da Cidade, para matar um pouco a saudade do público, afinal, já se passaram 6 meses desde a última temporada em São Luís.
Portanto, preparem o riso, pois Pão com Ovo Férias estará em cartaz agora em janeiro, de 4 a 6, às 20h; e dia 8, às 17h. Depois, eles rumam para o Rio de Janeiro.
No roteiro a junção dos dois espetáculos: Pão com Ovo I e A Vingança de Zé Maria. “Vamos botar quadros das duas peças e uma cena nova que é o novo quadro das Marias que se passa em uma choperia bem popular, e é uma cena que fez bastante sucesso na temporada do Rio de Janeiro”, conta César Boaes.
O texto escrito por Cesar Boaes, Adeilson Santos e Charles Jr. agrada o público com humor leve e interpretações sarcásticas das situações do cotidiano de muitos maranhenses. A peça mostra, em 75 minutos, o contraste de hábitos e costumes entre uma moradora da periferia e uma alpinista social. Dijé (Adeilson Santos) e Clarisse (César Boaes) foram amigas de infância e se reencontram após vários anos e passam a conviver em várias situações. Dijé é casada com Zé Maria, o marido submisso e fanático torcedor do Sampaio Corrêa. Juntas elas vivem casos muito engraçados dos seus cotidianos e fazem uma crítica ao modelo de serviço público e privado do país.
O linguajar despachado de Dijé, moradora do Fumacê e que não tem papas na língua, contrasta com o de Clarisse, mulher de classe, moradora do Renascença II, fina, mas que como diz Dijé: “não tem um pau pra dar num gato”.
Além desses personagens, outro quadro de muito sucesso é o dos Marias, em que elas vivem situações em praias, bares e é diversão garantida porque a linguagem é muito popular. O sucesso da peça vem desse humor despretensioso e do cotidiano.
“Um trabalho que comunica fácil com as pessoas. Elas entendem, se identificam, se reconhecem. As redes sociais nos ajuda muito também. Estamos na era da comunicação, tudo facilita”, aponta Boaes, ator há 31 anos.
Embora vá para o sexto ano em cartaz, o que faz o diferencial da peça é que quem já assistiu ao espetáculo e quer ver de novo, não vai encontrar o mesmo texto, nem as mesmas situações. As adaptações acontecem sempre pegando o viés da atualidade. Uma simples notícia vira piada. E o que era improviso acaba virando roteiro. Tudo nasce de uma ideia central e é experimentado no improviso na cena, dai se memoriza e fica para a cena, quase tudo nasce do improviso”, garante Boaes.