Leia “Verdadeira inclusão”, artigo do cientista Sofiane Labidi
A inclusão é o ato de permitir, facilitar, e favorecer o acesso ao bem comum indistintamente para todos
A inclusão é o ato de permitir, facilitar, e favorecer o acesso ao bem comum indistintamente para todos. A Inclusão social é um termo amplo, utilizado em vários contextos com referências aos diferentes problemas sociais.
Porém, até os meados dos anos oitenta, não se falava em “inclusão”. Na época, o termo que dominava era de “excluídos”, usado especialmente por sociólogos e políticos. Quando o termo “inclusão” foi utilizado pela primeira vez, o termo se referia apenas à inclusão dos portadores de necessidades especiais.
Nos últimos anos, o conceito de inclusão social evoluiu para envolver as pessoas consideradas excluídas de forma geral, i.e. pessoas que não têm as mesmas oportunidades na sociedade. Isto é causado por vários motivos como: raça, gênero, condições socioeconômicas, acesso às tecnologias (exclusão digital), religião, minorias, etc.
Assim, os projetos de inclusão social têm por objetivo de inserir as pessoas excluídas, consideradas à margem da sociedade. No entanto, alguns autores não concordem com a definição deste conceito que faz distinção entre o “dentro” e o “fora” da sociedade. Ao contrário, eles defendem o princípio que todas as pessoas são produtos de uma mesma sociedade.
Uma das formas mais eficiente de provocar a inclusão social é a inclusão digital possibilitando acesso a todas as camadas sociais às novas tecnologias e à informação e conhecimento. O analfabeto de hoje é o analfabeto digital.
O analfabetismo digital é o nível de desconhecimento das novas tecnologias, principalmente as tecnologias de informação e comunicação TICs e em especial a Internet, o que impede as pessoas de terem acesso às muitas oportunidades que estes oferecem.
Assim, a e-inclusão (ou inclusão numérica, ou digital) refere-se ao conjunto de ações e políticas visando o estabelecimento de uma sociedade da informação e do conhecimento inclusiva e não exclusiva. A e-inclusão foca, portanto, as formas de luta contra a fratura numérica na nossa sociedade buscando democratizar o acesso às novas tecnologias.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -PNAD, do IBGE, houve uma melhoria bastante significativa quanto ao acesso da população às novas tecnologias. Hoje, somos mais de 102 milhões de internautas no país hoje. Porém, o número de domicílios com computadores recuou. Nas áreas rurais, a deficiência é ainda maior, pois apenas 10% dos domicílios possuem computador.
Há muitos programas para e-inclusão: programa Computador para Todos, Proinfo Integrado, Banda Larga nas Escolas, Um Computador por Aluno, Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, Apoio Nacional a Telecentros, Observatório Nacional de Inclusão Digital, Projeto Computador para a Inclusão Digital, Oficina para Inclusão Digital, Programa GESAC, Telecentros Comunitários para Municípios, Infraestrutura de Redes de Suporte de Telefonia Fixa para Conexão em Banda Larga, Casa Brasil, etc. O grande desafio agora é o investimento na banda larga, pois a conectividade no país é extremamente baixa.
Os projetos já realizados no estado até então, não tiverem sucesso por que, além de serem desempenhados de uma forma desintegrada e desarticulada, eles não levarem em consideração um dos componentes fundamentais: a sustentabilidade.
Precisamos, portanto, desenvolver programas de e-inclusão sustentável garantindo os meios e a capacitação para acessar, utilizar, gerar e disseminar informações e conhecimentos por meio das TICs, para que todos os maranhenses possam participar efetivamente da sociedade do conhecimento.
Temos condições de implantar o conceito de “Cidades Digitais” levando assim a internet sem fio gratuita para todos os domicílios das populações mais carentes em nossas cidades. Sem dúvida, será uma contribuição social de extrema relevância e para o desenvolvimento de nosso querido Maranhão.