De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, nesta quinta-feira (26), houve uma queda nas taxas de juros básicas no segmento de pessoas físicas, entre novembro e dezembro, de 1,2% passando de 42,7% ao ano para 41,5% em dezembro, ainda que se mantenha bem acima dos 37,9% de 2015.

Apesar do recuo médio entre novembro e dezembro, algumas taxas seguem em patamares historicamente altos, mantendo o alerta para o consumidor que busca crédito. O cheque especial passou de 330,6% para 328,6% ao ano; o cartão de crédito rotativo subiu 2,4% passando de 482,2% para 484,6% ao ano e o crédito pessoal de 29,4% para 29,3% ao ano.

Para o presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro, a queda é considerada tímida.

“A retração dos juros ao consumidor deve ganhar força apenas quando a inadimplência de fato mostrar recuos mais intensos por conta da melhora da capacidade de pagamento dos consumidores”, especulou Pellizzaro.

Entretanto com os juros nos patamares que estão, é difícil acreditar que a inadimplência no Brasil tenha o recuo desejado, visto que com as taxas usurárias praticadas atualmente, não há produtividade que consiga acompanhar o tamanho que as dívidas estão adquirindo.

Em 2016 o total de concessões de crédito bancário recuou 8,2%, porém ainda sim a inadimplência total passou de 3,4% do total de operações para 3,7% entre o final de 2015 e de 2016.