ESTADOS UNIDOS

Dossiê que liga Trump a Rússia não é autêntico, segundo ex-diretor da CIA

O falso relatório foi amplamente divulgado pela mídia e insinuava que Donald Trump teve ajuda de hackers russos para vencer eleição

Reprodução

Donald Trump revelou que recebeu uma ligação do ex-diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), James Clapper. Na ligação, Trump disse que Clapper negou que um relatório que ligaria Trump a Rússia tenha sido pela Central de Inteligência dos Estados Unidos.

“James Clapper me ligou ontem para denunciar o fictício e falso relatório que circulou ilegalmente. Arranjado, fatos falsos. Que pena!”, escreveu Trump em seu Twitter.

O Diretor Nacional de Inteligência de Obama, James Clapper, confirmou que falou com Trump para oferecer garantias de que toda a comunidade de inteligência não estava por trás dos vazamentos e que o documento não foi criado por qualquer órgão da central de inteligência, se tratando assim de uma falsificação.

“Eu expressei minha profunda consternação pelos vazamentos que têm aparecido na imprensa, e ambos concordamos que eles são extremamente corrosivos e prejudiciais para a nossa segurança nacional”, afirmou Clapper.

O ex-diretor da CIA também detalhou o que foi falado ao telefone com o presidente eleito Donald Trump e enfatizou que o documento não tem qualquer ligação com a comunidade de inteligência que coleta informações para o governo americano.

“Também discutimos o documento da empresa de segurança privada, que foi amplamente divulgado nos últimos meses pelos meios de comunicação, pelos membros do Congresso e pela equipe do Congresso, mesmo antes que a Central de Inteligência tomasse conhecimento disso. Eu enfatizei que este documento não é um produto da Comunidade de Inteligência dos EUA e que eu não acredito que os vazamentos vieram de dentro da Central de Inteligência. A Central de Inteligência não fez qualquer julgamento das informações, se são confiáveis, contidas neste documento, e nós não confiamos nele de qualquer forma”, esclareceu James Clapper.

O falso relatório foi amplamente divulgado pela mídia e insinuava que Donald Trump teria ligações com a Rússia e que as eleições americanas teriam sofrido interferência externa russa para favorecer o agora presidente eleito Donald Trump.

O documento de duas páginas daria conta de hackers russos interferindo na Convenção Nacional do partido Democrata – de Hillary Clinton – para influenciar as eleições de 2016 a favor de Trump. O falso documento foi entregue ao presidente Barack Obama e ao presidente eleito Donald Trump.

O falso dossiê publicado por portais como Buzzfeed e CNN também fazia alegações duvidosas de que Trump havia contratado prostitutas para realizar um ato sexual pervertido em uma cama usada pelo presidente Barack Obama.

Ontem (11), o assessor de imprensa de Trump, Sean Spicer, disse que a publicação do relatório era “francamente ultrajante e altamente irresponsável”

“O fato da BuzzFeed e CNN terem tomado a decisão de persistirem com estas alegações, são uma triste e patética tentativa de obterem cliques”, finalizou Spicer.

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