O valor de 883 mil reais será investido no combate a Malária no Maranhão. O valor veio de um repasse realizado pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) feito no último dia 3 de janeiro.

Apesar de 86% dos casos de malária Plasmodium falciparum registrados no Maranhão serem de fora, o governo do estado resolveu intensificar as ações de prevenção e controle da doença.

O plano de enfrentamento, com ênfase na malária por Plasmodium falciparum, foi elaborado por meio do Programa Estadual de Controle da Malária. O investimento prioritariamente abrange dez regionais de saúde, que contam com municípios com casos originados no próprio estado – casos autóctones – sendo eles Zé Doca, Pinheiro, Codó, Viana, Bacabal, Barra do Corda, Santa Inês, Açailândia, Itapecuru-Mirim e Presidente Dutra. Outros 13 municípios que possuem notificação da doença ou estão em áreas próximas à local de incidência também receberão auxílio.

Em 2016, foi autorizado pelo Ministério da Saúde um investimento de R$ 11,9 milhões a nove estados brasileiros para operacionalizar as ações de eliminação da doença.

O Programa Estadual de Controle da Malária tem como indicador principal Índice Parasitário Anual (IPA) e, segundo os registros, no momento todos os municípios estão em baixo risco de transmissão.

A regional de Zé Doca registrou 69 casos em 2016, todos autóctones. O coordenador da regional, Adailton Santos, avalia o investimento como uma importante estratégia para não expor a região ao risco de endemia. “Há oito anos, nossa regional já chegou a representar 70% dos casos de malária do Maranhão. Com os recursos, não iremos voltar ao quadro anterior. Com esse investimento haverá maior controle, em vista de eliminar a doença e não expor a população ao risco”, explicou Adailton Santos.

A regional de Pinheiro também registrou casos autóctones, com 16 notificações.

No ano passado, foram examinadas 26.264 amostras com 123 casos confirmados de malária. A cidade de Cândido Mendes concentrou o maior número de casos, com 20 notificações. O diagnóstico da doença é coordenado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen/MA).