Durou pouco mais de um dia a prisão de dois dos três envolvidos no crime contra o autônomo Antônio Marcos Ferreira Oliveira, assassinado brutalmente na madrugada do último sábado, na Vila Janaína. Luís Cláudio Pereira Campos, de 29 anos, confessou estar presentes no momento em que assassinos mataram e deceparam a cabeça do autônomo.

Luís Cláudio, inclusive, foi quem enterrou e depois revelou à polícia a localização da cabeça da vítima, encontrada três dias depois do crime. Mas disse que fez tudo porque estava sendo ameaçado. A investigação concluiu não haver evidências para mantê-los encarcerados e os liberou.

O delegado Daniel Brandão, que está à frente do caso, concluiu que Luís Cláudio só participou do crime porque foi ameaçado por outro menor, de 16 anos, apontado como o líder da ação criminosa.

“Segundo as nossas investigações e com base no depoimento do menor concluímos que Luís Cláudio foi uma vítima dele (do menor). Em depoimentos eles contam versões semelhantes onde é dito que, caso Cláudio não escondesse a cabeça, sofreria serias consequências”, conta o delegado.

O menor de 15 anos foi liberado após o seu comparsa, líder na ação, que o havia culpado em primeiro depoimento, voltar atrás e o inocentou. “No momento (do depoimento) o menor de 16 anos acusou o de 15 anos por envolvimento no crime. Horas depois ele conta que fez isso no calor da emoção, pois pensava que, denunciando o outro, mesmo sem envolvimento, poderia se livrar da barra”, conta o delegado.

Foragida
Organete Lima Sousa, companheira de Antônio Marcos e apontada como a mandante do assassinato, fugiu após prestar depoimento na delegacia no último sábado e ainda não foi encontrada. Segundo a polícia, para se vingar de supostas agressões do companheiro, ela contratou os três homens para bater em Antônio Marcos. A ação saiu do controle e ele acabou morto.