SAÚDE

Anvisa libera importação e comercialização da melatonina

O hormônio que o organismo produz naturalmente pelo cérebro pode ser ingerido na forma de suplemento para ajudar quem tem dificuldade em ter sono

Foto: Reprodução

Em outubro de 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação e a comercialização do hormônio melatonina –  hormônio que pode ser ingerido na forma de suplemento para ajudar no sono, mas que o organismo produz naturalmente pelo cérebro durante a noite – como insumo farmacêutico, destinado à manipulação de medicamentos, pela empresa importadora e distribuidora de insumos farmacêuticos Active Pharmaceutica. Isso significa que está liberado às farmácias de manipulação com licença pela Anvisa adquirirem o insumo e elaborar em forma de medicamento.

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Segundo a bioquímica e farmacêutica Ainah Maciel, diretora da Facial Farmácia de Manipulação, é necessário adquirir esses produtos em locais autorizados, pois neles é possível disponibilizar produtos com a composição correta, sem substâncias duvidosas ou que não resultariam no fim almejado.

Comprar a melatonina, iguais àquelas que podem ser trazidas do exterior nas bagagens de mão ou mesmo as importadas via internet (desde que com receituário médico), ainda não será possível no Brasil. Essa versão é a chamada melatonina industrializada e, de acordo com informaçõeda Anvisa, não tem a comercialização liberada porque precisa do registro da própria agência – não porque a substância seja proibida no país.

Sobre a melatonina

melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que auxilia os ritmos biológicos, eespecial, o ciclo do sono e vigília. Em ambientes escuros e calmos, os níveis de melatonina aumentam, melhorando o sono. É para isso que, normalmente, as pessoas buscam a sua versão medicamentosa. Ela também é um potente antioxidante, tem propriedades anti-inflamatórias, melhora a resposta imune, contribui para uma melhor comunicação entre um neurônio e outra célula por onde é transmitido o impulso nervoso, auxilia ainda a performance muscular e é segura e  relativamente barata.

A redução na produção da melatonina pelo organismo pode provocar distúrbios de crescimento e até mesmo deficiência insulínica. Comparado com o placebo (substância inativa que pode produzir um efeito que suas propriedades não garantem), a melatonina tem sido mostrada pela melhora do sono em crianças com insônia com e sem o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, agitação acima do normal em crianças ou adultos. Muitos estudos controlados têm relatado que a melatonina melhora o sono em crianças com TEA (Transtornos do Espectro Autista).

Como usar

É utilizada usualmente em pílula/cápsulas. Porém, dependendo da necessidade, pode-se buscar outras formas farmacêuticas. O tempo usual de tratamento é até três meses. Acima disso, necessita-se avaliação médica.

Indicação da melatonina 

Idosos com Alzheimer, pessoas com espectro de autismo, pacientes com distúrbios metabólicos ou crônicos de sono são os mais indicados para receber a reposição de melatoninaEntre as especialidades médicas que podem dar o diagnóstico quanto à essa necessidade, estão a neurologia, pediatria e endocrinologia.

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