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Oito PMs goianos são levados para depor na PF

Segundo a Polícia Federal a organização criminosa especializou-se na ocultação de cadáveres e, entre os investigados, está o atual sub-comandante geral da PM de Goiás.

A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta sexta-feira a segunda fase da Operação Sexto Mandamento. Os 140 policiais envolvidos na ação estão responsáveis por cumprir três mandados de prisão temporária, 19 mandados de busca e apreensão além de 17 conduções coercitivas contra pessoas investigadas por suspeita de integrarem um grupo de extermínio atuante em Goiás. As ações ocorrem em Goiânia, Alvorada do Norte e Formosa.
Em decorrência da segunda fase da Operação Sexto Mandamento,os policiais federais levaram oito policiais militares goianos para depor à força na Superintendência da PP em Brasília. O procedimento é conhecido como condução coercitiva.
A organização criminosa, segundo a Polícia Federal, especializou-se na ocultação de cadáveres e, entre os investigados, está o atual sub-comandante geral da Polícia Militar de Goiás, um ex-secretário de Segurança Pública e um ex-secretário da Fazenda de Goiás, os dois últimos na condição de suspeitos pela prática de tráfico de influência que resultaram nas promoções de patentes de integrantes da organização criminosa.
A Assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Goiás confirma a detenção dos integrantes da corporação. No entanto, a Assessoria afirma não ter “informações sobre o procedimento legal que deu origem à medida coercitiva executada”.
Entre os PMs detidos está o tenente-coronel Ricardo Rocha, comandante de Policiamento da Capital (Goiânia). Ele já havia sido preso por quatro meses na primeira fase da Operação Sexto Mandamento, em 2011. Em 2014, foi a júri popular pela morte de Marcelo Coka da Silva, ocorrida 10 anos antes.
Mesmo assim, acabou escolhido pelo governador Marconi Perillo (PSDB) como comandante do Policiamento de Goiânia. Rocha foi escolhido para integrar um plano de segurança do governo de Goiás para reduzir a criminalidade no estado. Em meio à repercussão negativa, Perillo saiu em defesa de Rocha dizendo que ele era um profissional exemplar.
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