O ex-presidente e líder da revolução cubana, Fidel Castro, morreu no fim da noite dessa sexta-feira, 25, aos 90 anos de idade. A morte foi informada pelo seu irmão e atual presidente do país Raúl Castro.

No anúncio transmitido na televisão nacional do país, Raúl disse que era “com profunda dor” que confirmava a “morte do comandante Fidel Castro Ruz”, falecido às 10h29 de Havana do dia 25 de novembro de 2016.

“Em cumprimento da expressa vontade do companheiro Fidel, seus restos mortais serão cremados neste sábado, dia 26”, afirmou Raúl, demonstrando emoção ao ler o breve comunicado.

Fidel sempre teve uma saúde de ferro, até quando enfrentou uma hemorragia intestinal durante uma viagem à Argentina aos 80 anos de idade. Ele governou por 48 anos Cuba, mas continuou sendo o líder máximo e guia ideológico da revolução mesmo quando, doente, entregou o poder ao seu irmão Raúl, em 31 de julho de 2006. 

A era Fidel Castro vem se dissolvendo pouco a pouco, enquanto uma nova Cuba surge devido a uma série de reformas econômicas e da retomada das relações bilaterais com os Estados Unidos, rompidas há mais de meio século.

Fidel assistia a tudo isso de longe, mas não deixava de fazer suas análises em artigos publicados no jornal oficial cubano Granma. A fragilidade da sua saúde já tinha provocado boatos sobre sua morte várias vezes nas redes sociais.