O Governo do Maranhão é o segundo que mais recebeu recursos advindos do pagamento de imposto de renda referente à regularização de bens e ativos no exterior, que ficou conhecida como repatriação de recursos. O montante, que ultrapassa a soma de R$ 286 milhões será pago até a próxima quinta-feira (10).

A Bahia é o estado que mais recebeu recursos, com R$ 359,6 milhões. Já o Distrito Federal e São Paulo foram as unidades da Federação menos contempladas, com R$ 27,2 milhões e R$ 35,8 milhões, respectivamente. O detalhamento da distribuição dos recursos foi divulgado hoje (8) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Estados que enfrentam graves crises financeiras serão contemplados com montantes menores. O Rio de Janeiro, que teve R$ 170 milhões de repasses da União bloqueados, receberá R$ 88,9 milhões. O Rio Grande do Sul, que também enfrenta crise em suas contas, terá R$ 79,7 milhões.

A distribuição entre as unidades da Federação segue critérios definidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que privilegiam estados com menor desenvolvimento e renda per capita e grande população. Por isso, Santa Catarina (R$ 55,5 milhões), Mato Grosso do Sul (R$ 61,8 milhões) e Espírito Santo (R$ 71 milhões) estão entre os que menos receberam.

Dos R$ 46,8 bilhões arrecadados com a repatriação, R$ 4,02 bilhões foram repassados às unidades da Federação, o equivalente a 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda, segundo os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Em troca da anistia do crime de evasão de divisas, quem regularizou a situação pagou 15% de Imposto de Renda, partilhado entre União, estados e municípios, e 15% de multa, que ficaram exclusivamente com o governo federal.

Confira a lista dos repasses da repatriação por unidade da Federação: