Cirurgia plástica

Saiba as cirurgias mais comuns entre homens e mulheres

Especialista explica a importância de ter critérios na hora de escolher um profissional para executar o procedimento

Os procedimentos cirúrgicos de prótese de silicone e a lipoaspiração estão no topo entre as cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil. Isso acontece porque as mulheres estão cada vez mais em busca da harmonia do seu corpo com a sensualidade.
Com o decorrer do tempo, fatores como idade, genética, gravidez, alterações no peso, exposição ao sol e gravidade podem mudar o tamanho e a forma das mamas. Mulheres que estão insatisfeitas com o tamanho ou tiveram alterações na forma de suas mamas podem obter mamas mais firmes e atraentes com a mamoplastia de aumento.
Nesse tipo de procedimento, a prótese é colocada em uma bolsa formada no teci¬do mamário. A cirurgia pode aumentar o ta¬manho das mamas ou deixá-las simétricas, devolver seu volume ou reconstruí-las após perda total ou parcial.
E especificamente falando sobre os seios, eles desempenham importante papel por re-presentarem a feminilidade da mulher. Para esclarecer as dúvidas sobre a cirurgia de prótese de mama de silicone, o Dr. Júpiter Newler Duarte, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e criador do método de implante mamário com acesso via púbis, destaca que os procedimentos cirúrgicos estéticos estão ligados à qualidade de vida do paciente, no que se refere à melhora da autoestima. “Qualidade de vida é relacionada aos hábitos que geram e proporcionam saúde, mas também não podemos esquecer da saúde psicológica, da autoestima. Isso pode passar a interferir diretamente na vida da paciente. No momento em que modificamos algo que causa imenso desconforto, podemos transformar a vida das pessoas para melhor”, disse.
Nesse sentido, ele explica a importância do trabalho do profissional médico para orientar e exercer crítica sobre as demandas que levam a paciente ao consultório. “É necessária a autocrítica do cirurgião, saber se eu sou capaz de resolver aquela demanda, de modo a deixa-la plenamente feliz. À luz da ética, muitas vezes o cirurgião recusa a cirurgia justamente para preservar o paciente e seu compromisso com intervenções que gerem felicidade à paciente”.
Ele estabelece a necessidade de bom-senso do profissional, no sentido de orientar a paciente. “É necessário o bom senso do profissional, justamente orientando e não fazendo procedimentos que acabem descambando para o campo da bizarrice. A consciência profissional, com âncora na es¬tética, deve respeitar a harmonia corporal”, observou.
Ele ressalta a necessidade de cautela e avaliação entre paciente e médico, sobre a realização dos procedimentos. “Cada procedimento precisa que o cirurgião dose junto ao paciente o risco-benefício, deixando claro que sempre há riscos em procedimentos cirúrgicos. A maior parte deles previsíveis, e outros em que não há total margem de previsibilidade. Por isso a necessidade de uma boa equipe de apoio com um bom hospital, um bom anestesista, bom cardiologista, bom técnico de enfermagem, laboratório confiável. É um trabalho multidisciplinar, que requer anos de trabalho e parceria”, enfatiza Júpiter.
Procura por homens e mulheres
Segundo o cirurgião, há um aumento sugestivo no aumento da procura por procedimentos por homens. “Nas lipoaspirações, os homens já são cerca de 35% dos atendimentos. Além destas, há as cirurgias inerentes ao sexo masculino, como a ginecomastia e as próteses nas panturrilhas.”
Júpiter esclarece quais procedimentos são mais comuns em homens e mulheres. “Entre os homens, as cirurgias mais procuradas são para próteses nas panturrilhas, lipoaspiração e cirurgias de nariz. Já entre as mulheres, predominam as lipoaspirações, implantes mamários e abdominoplastias”.
Algumas peculiaridades fazem esta regra não ser absoluta. Segundo o médico, cirurgias de correção para orelhas são as mais procuradas para pacientes na infância e, em pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, há uma proporção de 60% de mulheres e 40% de homens nas abdominoplastias.
Cirurgia de mamas
Júpiter Newler foi o criador da técnica de implante mamário com acesso da prótese pela região da púbis. Algo pouco divulgado, mas que está em ampla expansão.
Segundo o médico, uma maior difusão da técnica depende de registro internacional de instrumentos médicos também criados por ele para realização da técnica, que já é realizada há mais de 10 anos.
O cirurgião explica que a técnica de acesso pela púbis, se constitui como um pequeno corte. “O acesso pubiano, criado por mim, é uma cicatriz pequena, de 4 cm, desenvolvemos um túnel dilatado até as mamas, de rápida cicatrização, que leva o transportador do transplante mamário, após a confecção da loja mamária no plano retroglandular”, explicou.
Segundo o médico, “a vantagem é que na mama não dá nenhuma lesão aparente. Ideal para pacientes que usam biquínis pequenos, que tem medo de desenvolvimento de queloides”.
Outras beneficiárias seriam as pacientes que exijam voltar a curto prazo a atividades físicas, como atletas profissionais, fisiculturistas, atletas de vôlei e basquete e que pelas demais vias teriam restrições por mais tempo, 20 a 30 dias. “Na minha técnica, retornam os movimentos dos braços após 4 dias e 10 dias todos os movimentos normais já podem ser executados”.
O especialista esclarece que foram identificadas as contraindicações ao procedimento. “A experiência nos permitiu desenvolver um protocolo de segurança e resultados a ser seguido. Entre as contraindicações à técnica, destacam-se alterações dos arcos costais, com ângulos que bloqueiam a via; assimetria entre o hemitórax direito e esquerdo; grande quantidade de estrias e pele a ser removida, o que pode influenciar o resultado; anomalias no trajeto da pubis até as mamas, como hérnias, e patologias da parede abdominal”, observou.
Como identificar o médico
Dr. Júpiter aconselha às pacientes a estabelecer alguns critérios na escolha de seu cirurgião. “É fundamental que o paciente procure saber sobre o médico, conferindo se este é membro da sociedade brasileira de cirurgia plástica, que o profissional seja da cidade em que a paciente resida, para fornecer atendimento e suporte pós operatório adequado; que o paciente conheça outras pacientes e saiba o histórico do médico na cidade, sobretudo no que diz respeito à qualidade das operações e na maneira como atende os pacientes no pós operatório, onde deve ser dado atenção especial; e por fim, conhecer os locais em que o médico realiza seus procedimentos, saber sobre a estrutura e a equipe multidisciplinar que o acompanha”, finalizou.
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