Medicamentos

O risco da automedicação

A medicação por conta própria é considerado pelo Ministério da Saúde um problema de saúde pública no Brasil e no mundo

Tomar um remédio para dor de cabeça, dor muscular, febre sem prescrição médica, é algo que muita gente já fez, mesmo sem saber dos riscos, isso porque a automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, mas pode trazer consequências graves.
A medicação por conta própria é considerado pelo Ministério da Saúde um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SIN¬TOX), 29% dos óbitos no país são provenientes de intoxicação medicamentosa, entre elas, a provocada pela automedicação.
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de micro¬organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro, além de trazer, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
Dentre as drogas que mais intoxicam, a Anvisa destaca as três com maior ocorrência: analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.
Ações para o Uso Racional de Medicamentos
O Ministério da Saúde criou, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo.
O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.
Tipos de Uso Irracional de Medicamentos
• Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);
• Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüente¬mente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
• Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais ade¬quadas formas farmacêuticas orais;
• Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
• Automedicação inadequada, frequentemente com medicamen¬to que requer prescrição médica.
Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS)
• Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada.
• Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais.
• Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
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