IMPARCIAL ENTREVISTA

Conheça as propostas dos candidatos para os próximos 4 anos

As visões dos candidatos Eduardo Braide (PMN) e Edivaldo Holanda Júnior (PDT) sobre importantes temas da administração.

Eduardo Braide
MOBILIDADE URBANA
O IMPARCIAL – O transporte coletivo em São Luís é feito exclusivamente por ônibus. Nas grandes cidades, a realidade é outra. Qual seu projeto para gerar mais alternativas ao transporte público?
EDUARDO BRAIDE – Primeiro, usar o VLT – que está parado – em uma rota que vai da Estiva até o aeroporto de São Luís. Além disso, implantar um sistema de transporte de massa do Aterro do Bacanga até o Porto do Itaqui, beneficiando os moradores da Área Itaqui-Bacanga.
São Luís registra pontos de engarrafamento e lentidão no trânsito em diversos pontos. Como acabar com eles?
Os estudos demonstram que os dois pontos mais críticos da cidade são o Retorno da Forquilha e a Avenida Jerônimo de Albuquerque. Na Forquilha, implantar um BRT que vai do retorno até a cidade de São José de Ribamar. Enquanto a Avenida Jerônimo de Albuquerque, realizar o prolongamento da Via Expressa com recursos do Governo Federal e depois aumentar as interbairros entre a Av. Jerônimo de Albuquerque e a Via Expressa.
O transporte sofre com a atuação irregular de carros lotação, que prejudicam taxistas e empresas de ônibus. Porém, ao mesmo tempo, eles suprem uma necessidade do sistema e são importantes para centenas de usuários. Como resolver esse problema?
Dialogando com as três categorias. Nenhuma medida será tomada sem o necessário entendimento entre a Prefeitura de São Luís e as três categorias.
SAÚDE
Os recursos atuais são insuficientes para dar qualidade ao sistema de saúde de São Luís. Como resolver o problema da sobrecarga nos hospitais do município?
Governar é eleger prioridades. Gastar menos com propaganda e investir mais em saúde. Fazer parceria com o Hospital Aldenora Bello, APAE e Santa Casa. Disponibilizar os materiais básicos para os Socorrões, Unidades Mistas e Postos de Saúde.
O sistema de saúde tem foco na medicina curativa e não na preventiva, que é mais eficaz e mais utilizada nas cidades desenvolvidas. Que ações você fará para corrigir essa distorção?
Investir fortemente na Atenção Básica, aumentando o número de equipes do Programa Saúde da Família, valorizando os Agentes Comunitários de Saúde e implantando o Ônibus da Saúde, que vai levar consultas, exames e medicamentos básicos às comunidades.
EDUCAÇÃO
São Luís precisa de mais escolas e professores. Porém, não tem margem disponível na Lei de Responsabilidade Fiscal para custear essa demanda. Qual a solução?
Escolas: tirar do papel as escolas que já têm recursos depositados na conta da Prefeitura de São Luís. Professores: readequar o orçamento municipal para a possibilidade de contratação de novos professores para a rede municipal de ensino.
Que ações você irá executar para modernizar o ensino com mais acesso às novas tecnologias, a exemplo do que já acontece com a rede privada?
Estimular as direções das escolas na utilização do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE). Além disso, premiar as escolas, alunos e professores com melhor desempenho, com equipamentos tecnológicos.
METROPOLIZAÇÃO
O que falta para a tão falada metropolização sair do papel e de que forma ela pode beneficiar a cidade?
Para sair do papel, é preciso que o prefeito tome a frente do processo de implantação da Região Metropolitana. Levarei comigo a experiência de ter sido, na Assembleia Legislativa, o relator da lei que instituiu a Região Metropolitana de São Luís. Por fim, os benefícios da metropolização são: facilidade na captação dos recursos do Governo Federal, assim como do Banco Mundial e do BIRD.
CULTURA
A Fundação de Cultura virou secretaria e agora tem recursos próprios. Na sua gestão, como essa mudança irá beneficiar, de forma prática, a cadeia produtiva da cultura em São Luís?
Primeiro, regulamentar o Fundo Municipal de Cultura. Implantar a Lei de Incentivo à Cultura e, por fim, estabelecer o Programa Municipal de Cultura, para a realização de eventos ao longo do ano.
ECONOMIA
É público e notório que o município de São Luís, assim como milhares pelo Brasil, gasta mais do que arrecada. Como vencer esse problema?
Aumentando a arrecadação por meio do Turismo, investindo em um sistema de controle de gastos.
BEM-ESTAR SOCIAL
Embora tenhamos áreas disponíveis, não há investimento nessa área. É intenção da sua gestão criar um parque que vire símbolo da cidade?
Sim. A ideia inicial é fazer isso em parceria com a iniciativa privada.
TURISMO
Nos últimos 20 anos, poucas gestões investiram de forma eficiente e contínua na revitalização do Centro Histórico, nossa maior riqueza turística e arquitetônica. O que você fará caso seja eleito?
A exemplo de Recife, implantaremos o Programa Adote um Prédio, onde os prédios do Centro Histórico de São Luís serão reformados e ocupados por empresas que terão, ainda, a responsabilidade de manutenção dos mesmos. Realizar parceria com o Iphan para a utilização de recursos do Programa PAC Cidades Históricas.
Edivaldo Holanda Júnior
MOBILIDADE URBANA
O IMPARCIAL – O transporte coletivo em São Luís é feito exclusivamente por ônibus. Nas grandes cidades, a realidade é outra. Qual seu projeto para gerar mais alternativas ao transporte público?
EDIVALDO JÚNIOR – Vamos implantar o BRT Centro-Cohab, que já teve a operação financeira aprovada pela Caixa Econômica. O BRT terá 15km de extensão e potencial para beneficiar cerca de 600 mil pessoas em toda a cidade, tanto com o transporte público ágil e rápido, quanto com a consequente melhoria da mobilidade urbana. O primeiro trecho, até o Ipase, já está com recursos garantidos.
São Luís registra pontos de engarrafamento e lentidão no trânsito em diversos pontos. Como acabar com eles?
Ampliando as intervenções geométricas nos pontos que apresentam lentidão, a exemplo do que já estamos fazendo. Futuramente, vão ser feitas intervenções em todos os pontos da cidade que apresentam lentidão crítica.
O transporte sofre com a atuação irregular de carros lotação, que prejudicam taxistas e empresas de ônibus. Porém, ao mesmo tempo, eles suprem uma necessidade do sistema e são importantes para centenas de usuários. Como resolver esse problema?
Esse é um tema que está em discussão com as cooperativas, com quem temos buscado o diálogo permanente.
SAÚDE
Os recursos atuais são insuficientes para dar qualidade ao sistema de saúde de São Luís. Como resolver o problema da sobrecarga nos hospitais do município?
Aumentando o financiamento da saúde e fortalecendo a parceria com os governos estadual e federal. O problema da superlotação na rede de alta e média complexidade vem sendo enfrentado, e uma das medidas que vêm sendo trabalhadas é a regulação única do atendimento. Por meio da parceria que temos com a Santa Casa, transferimos pacientes que estavam internados nos corredores, o que nos permitiu agilizar e humanizar o atendimento tanto no Socorrão I, quanto no Socorrão II.
Outras soluções estão sendo discutidas com o Conselho Municipal de Saúde e a Comissão Bipartite. Frisamos aqui também a importante decisão do Governo do Estado, de fazer funcionar os hospitais regionais, que contribui fortemente na reestruturação do nosso atendimento, uma vez que grande parte dos pacientes recebidos pelos principais hospitais de São Luís vem do interior do estado.
O sistema de saúde tem foco na medicina curativa e não na preventiva, que é mais eficaz e mais utilizada nas cidades desenvolvidas. Que ações você fará para corrigir essa distorção?
A principal medida é aumentar a cobertura da atenção básica. Nós temos hoje 110 equipes de saúde da família, o que nos dá uma cobertura de 42%. Nós iremos ampliar a cobertura do programa Estratégia de Saúde da Família para mais 28 comunidades, contemplando as áreas de mais vulnerabilidade social.
Para a nossa próxima gestão, a meta é entregar mais um Centro de Especialidades Médicas, desta vez na Cohab; ampliar os pontos de marcação de consultas dos 24 hoje existentes para 54; e reformar mais unidades de saúde.
EDUCAÇÃO
São Luís precisa de mais escolas e professores. Porém, não tem margem disponível na Lei de Responsabilidade Fiscal para custear essa demanda. Qual a solução?
A solução é aplicar com eficiência o percentual de 25% de gasto com educação, conforme previsto em lei, algo que a nossa gestão tem feito.
Nos próximos quatro anos também temos como meta ampliar as parcerias com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e com o governo do estado para construção de mais escolas e creches, a exemplo do que vem sendo feito. Temos atualmente sete unidades em construção e mais de 20 licitadas. Nosso objetivo é entregar essas unidades à população e seguir com a captação de recursos para ainda mais espaços educacionais.
Que ações você irá executar para modernizar o ensino com mais acesso às novas tecnologias, a exemplo do que já acontece com a rede privada?
Na nossa próxima gestão, temos também a meta de dar continuidade à recuperação das estruturas físicas das escolas, que vão receber, como parte desse processo, internet e ar condicionado, possibilitando o acesso à tecnologia em todas as unidades de ensino. Vamos implantar centros culturais e profissionais, com cursos técnicos que vão facilitar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho. Os professores também terão reforço na política de formação continuada: vamos recuperar o Centro de Formação do Educador, com oferta constante de cursos de atualização profissional para os professores da nossa rede.
METROPOLIZAÇÃO
O que falta para a tão falada metropolização sair do papel e de que forma ela pode beneficiar a cidade?
Temos o objetivo de, na nossa próxima gestão, avançar articulando, junto ao governo do Estado, a criação da Agência Metropolitana, bem como a implantação dos conselhos e do fundo metropolitano. Além disso, vamos propor um Pacto Metropolitano da Grande Ilha de São Luís, com a adesão de todos os gestores, para ações conjuntas nas áreas de gestão de resíduos sólidos, saúde, educação, mobilidade urbana, infraestrutura, agricultura e pecuárias sustentáveis, segurança aeroviária e limites territoriais.
CULTURA
A Fundação de Cultura virou secretaria e agora tem recursos próprios. Na sua gestão, como essa mudança irá beneficiar, de forma prática, a cadeia produtiva da cultura em São Luís?
No que tange a financiamento, teremos condições de reforçar o que já estamos fazendo, que é priorizar modalidades culturais que não estão inseridas necessariamente no contexto da cultura de mercado, mas sim vinculadas a tradições e à política de salvaguarda. Podemos garantir que, a partir desses avanços que já conquistamos, nos próximos anos São Luís terá ações e financiamento ainda mais amplos para o setor de cultura.
ECONOMIA
É público e notório que o município de São Luís, assim como milhares pelo Brasil, gasta mais do que arrecada. Como vencer esse problema?
Os municípios têm, na prática, encargos muito superiores às responsabilidades que lhes foram atribuídas pela Constituição, de modo que a questão só será verdadeiramente solucionada a partir de uma reforma tributária com uma divisão mais justa dos repasses entre união, estados e municípios.
Sabemos, porém, que os problemas das cidades são urgentes e não podem esperar essa solução, que é politicamente complexa. Na nossa administração, temos buscado o equilíbrio das contas públicas, de duas maneiras: de um lado, aumentando a arrecadação, com uso de tecnologia da informação e pessoal qualificado; do outro, com redução e controle de gastos, especialmente em itens de custeio. A via de captação de recursos voluntários junto à União e operações de crédito junto a órgãos nacionais e internacionais também têm se mostrado outra estratégia eficiente.
BEM-ESTAR SOCIAL
Toda capital com uma boa qualidade de vida tem um parque da cidade estruturado, com programação cultural e esportiva próprias. Embora tenhamos áreas disponíveis, não há investimento nessa área. É intenção da sua gestão criar um parque que vire símbolo da cidade?
Nos próximos quatro anos, vamos reformar ainda mais praças, investir na recuperação do Parque do Bom Menino e fazer mais um parque na área do Diamante, para o qual já temos um projeto em andamento.
TURISMO
Nos últimos 20 anos, poucas gestões investiram de forma eficiente e contínua na revitalização do Centro Histórico, nossa maior riqueza turística e arquitetônica. O que você fará caso seja eleito?
Para a próxima gestão, vamos implantar o Museu da Gastronomia maranhense, com cursos na área de gastrononomia. São Luís continuará a ser promovida como destino turístico e, por meio da Semapa, vamos realizar Festivais Gastronômicos. Faremos também o projeto de Lei para o Fundo Municipal de Turismo e ofereceremos cursos de qualificação de idioma instrumental, para os profissionais que atuam direta e indiretamente no turismo.
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