Otorrinolaringologia

A eficiência do Laser

O uso do laser diodo em cirurgias, ajuda a reduzir sangramento e minimiza a dor do pós-operatório, ajudando o paciente a voltar a otina mais cedo

A hipertrofia dos cornetos ou conchas nasais inferiores é a principal causa de obstrução nasal, um sintoma muito comum que atinge 25% da população. Esse tipo de problema que tem impactos significativos da qualidade de vida, pois dificulta a qualidade do sono e execução de exercícios físicos, causando cansaço e irritabilidade.
O tratamento para a obstrução nasal pode ser feito com anti-histamínicos, corticoide tópico nasal e solução salina, mas quando estes não surtem efeitos o recomendado é a cirurgia, que ajuda a reduzir o volume dos cornetos inferiores.
“As principais técnicas cirúrgicas descritas são: turbinectomia total ou parcial, turbinoplastia, ressecção submucosa, turbinoplastia laser-assistida, eletrocautério monopolar e bipolar e redução volumétrica dos tecidos por radiofrequência. A Turbinoplastia é uma técnica mais trabalhosa e considerada por alguns como a mais elegante, tem a vantagem óbvia de não expor área cruenta. Esta técnica também proporciona menos sangramento e menor formação de crostas. Conforme o treinamento do cirurgião ela pode ser realizada em um tempo satisfatório sem aumentar demasiadamente o tempo cirúrgico. Podendo também ser realizada com o uso de laser”, explica o especialista em cirurgia nasal a laser Dr. Eric Thuler.
As cirurgias na especialidade de otorrinolaringologia começaram a utilizar algum tipo de laser em suas técnicas mais ou menos na década de 80. Nesse caso da cirurgia para as conchas nasais inferiores, a técnica começou a ser usada em 1977.
Laser de Diodo
Laser de diodo
A técnica é mais um instrumento que vem auxiliar no tratamento cirúrgico da hipertrofia dos cornetos inferiores, como pontua o especialista. “O uso do laser quando corretamente indicado pela escolha do comprimento de onda adequado, apresenta boa interação tecidual com a mucosa nasal reduzindo as conchas através de um procedimento minimamente invasivo. O uso do laser de Diodo tem baixas chances de complicações, possibilitando um procedimento seguro, de realização ambulatorial e sem tamponamento nasal. Trata-se de um laser portátil e de custo de manutenção mais baixo que os demais”. 
O laser tem mais vantagens do que a cirurgia convencional, como maior precisão de corte, a coagulação de pequenos vasos e consequente diminuição da perda sanguínea, menor edema pós-operatório, menor presença de sinéquias.
“O laser pode ser utilizado nas conchas nasais inferiores de duas maneiras: a que produz uma ablação do tecido mole da concha causando com isto uma lesão na superfície da concha nasal com posterior cicatrização, ou a de lesão intersticial, em que uma fibra ótica é introduzida no parênquima nasal e a energia é ali dentro aplicada não causando lesão externa, uma vez que existe somente a lesão mínima do ponto de entrada da fibra ótica. Quando o laser corta o tecido, não há perda de sangue porque ele já coagula. O pós-operatório ocorre sem perda de sangue. Além disso, não se formam edemas, que traz como consequências dores e inchaço”, pontua Eric Thuler.
Apesar de serem muitas as vantagens das cirurgias feitas a laser, isso não significa dizer que ele é indicado para todas as cirurgias e nem que tudo deve ser operado a laser. Se a cirurgia for mal indicada ou mal executada o resultado não será bom da mesma forma que na técnica convencional. A decisão sobre a necessidade do uso do laser deve ser individualizada.
O especialista
O otorrinolaringologista é o profissional especializado em cuidar da saúde dos ouvidos, nariz e garganta, com uma atuação dinâmica que envolve tratamentos clínicos e cirúrgicos das patologias. Sua atuação envolve vias respiratórias e digestivas superiores, três órgãos dos sentidos olfato, audição e paladar, o sistema vestibular central que cuida do equilí¬brio e o aparelho de fonação, que cuida da fala.
Se fossemos listar as patologias mais comuns nessa especialidade seriam: tontura, disfonia, obstrução nasal, dor de garganta, dor de ouvido, perda da função auditiva, laringites, pólipos, sinusites, ronco e apneia do sono. Cotidianamente a obstrução nasal é relatada pelos pacientes.
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