Há exatos 15 anos, seja lá o que você estava fazendo, sua atenção foi voltada, de alguma forma, para a notícia que assustou o mundo inteiro: os Estados Unidos tinham sido alvo de um imenso e catastrófico ataque terrorista, que envolveu a atuação de 19 homens.
As Torres Gêmeas foram abaixo e quase 3 mil pessoas morreram. Entre os mortos, 343 eram bombeiros de Nova York, 23 eram policiais e 37 eram oficiais do Porto de Nova York. As vítimas tinham idades entre dois e 85 anos, sendo que cerca de 80% dos mortos eram homens. Vinte pessoas que estavam nos prédios sobreviveram e foram salvas.
Só para você ter ideia do tamanho do estrago, os bombeiros só conseguiram apagar todo o fogo causado pelas colisões no dia 19 de dezembro, 99 dias após o atentado.
No mesmo dia, outro prédio na região das Torres Gêmeas também caiu: trata-se de mais um arranha-céu, o Building 7, de 47 andares. À época, a queda quase não foi noticiada porque o prédio não foi atingido por um avião. Acredita-se que a estrutura já estava danificada antes da queda das Torres.
O número exato de mortes só foi noticiado em janeiro de 2004, quando peritos médicos de Nova York divulgaram o número de certidões de óbitos emitidas: 2.749. No ano seguinte, foram canceladas as investigações genéticas a respeito dos restos humanos encontrados no local do acidente. Dos mortos no ataque, apenas 1.585, o equivalente a 58%, tiveram seus corpos identificados.
Em 2007 um anúncio médico afirmou que a morte de mais uma pessoa tinha relação com o atentado, aumentando o número de vítimas para 2.750. Atualmente este número é de 2.753, afinal os médicos também consideram vítimas do atentado pessoas que morreram em decorrência da exposição à fumaça ou à poeira, ao longo dos anos.
Um relatório divulgado em maio deste ano aponta que 41% das pessoas mortas nos atentados nunca foram identificadas. A limpeza da região só acabou no dia 30 de maio de 2002. Ao todo, 1,8 milhão de toneladas de destroços foram produzidas com a queda dos prédios. O custo total com a limpeza foi de US$ 750 milhões.
E não foram apenas norte-americanos que morreram em decorrência dos atentados: cidadãos de mais de 80 nacionalidades diferentes estavam no local na hora do ocorrido. Entre os mortos, 372 eram estrangeiros, sendo que, desses, 67 eram britânicos.
As investigações do atentado descobriram uma mensagem enviada por um dos terroristas, Abu Abdul Rahman, por um chat da internet, dizendo o seguinte: “o primeiro semestre vai começar daqui a três semanas. Duas escolas de ensino médio [as Torres Gêmeas] e duas universidades [pontos em Washington] … Este verão vai certamente ser quente … 19 [o número de sequestradores envolvidos] certificados para a educação privada e quatro exames [o número de aviões usados]. Lembranças ao professor. Adeus”.
Uma das empresas, a Cantor Fitzgerald, perdeu 658 de seus 960 funcionários. Depois da tragédia, o CEO Howard Lutnick disse a um dos seus colegas: “Nós podemos fechar a empresa e ir aos funerais de nossos amigos ou nós podemos trabalhar mais do que nunca para ajudar suas famílias”. Após dez anos, a companhia já tinha desembolsado mais de US$ 180 milhões em indenizações para os familiares das vítimas.
Dados financeiros
De acordo com a CNN, foram necessários US$ 500 mil para planejar e executar os ataques;
O prejuízo econômico provocado pelos atentados foi de US$ 123 bilhões só nas primeiras quatro semanas depois do fatídico 11 de setembro;
Os danos causados às Torres Gêmeas correspondem a US$ 60 bilhões, incluindo os prejuízos nos prédios vizinhos e nas estruturas dos metrôs da região;
No dia 14 de setembro do mesmo ano, o governo norte-americano aprovou um pacote antiterrorismo emergencial, que custou US$ 40 bilhões;
As companhias aéreas afetadas receberam uma ajuda governamental de US$ 15 bilhões;
Os seguros cobrados por parentes das vítimas dos atentados chegaram a US$ 9,3 bilhões.
CRONOGRAMA
– Às 8h46 um avião da América Airlines, que ia de Boston a Los Angeles, atingiu a torre norte do World Trade Center;
– Às 9h03 um avião da United Airlines, que ia de Boston a Los Angeles, acertou a torre sul;
– Às 9h37 uma aeronave da American Airlines, que ia de Dulles, na Virgína, para Los Angeles atingiu o prédio do pentágono em Washington;
– Às 9h59 a torre sul despencou;
– Às 10h03 um avião da United Airlines, que ia de Newark para São Francisco, bateu em um campo perto de Shanksville, na Pensilvânia;
– Às 10h28 a torre norte despencou.
Coincidências
Em 1987 o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, declarou a data de 11 de setembro como o Dia do Número de Emergência, a fim de chamar a atenção para o número 911, usado para situações emergenciais;
Hawley Harvey Crippen, nascido no dia 11 de setembro de 1862, foi condenado ao enforcamento em 1910 por assassinar sua mulher;
Robert Laurel Crippen, piloto de teste do primeiro programa de ônibus espaciais dos EUA, em 1981, também nasceu no dia 11 de setembro;
O cosmonauta russo Gherman Titov, que se tornou o segundo homem no espaço em 1961, nasceu no mesmo dia;
O dia 11 de setembro é o primeiro dia da maioria dos anos nos calendários cópticos e etíopes.
15 fatos curiosos
– Na manhã daquele dia, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque. Ambos os prédios desmoronaram em duas horas.
– O terceiro avião caiu contra o Pentágono, em Arlington, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
– Durante o sequestro dos aviões, os terroristas usaram armas para esfaquear e matar os pilotos, os comissários de voo e os passageiros. Relatórios feitos com as chamadas telefônicas vindas dos aviões indicaram que as facas foram usadas para ferir atendentes e, em ao menos um caso, em um passageiro.
– Alguns passageiros foram capazes de fazer ligações, usando o serviço de telefone da cabine e celulares, e fornecer detalhes, inclusive de que vários dos sequestradores que estavam a bordo de cada avião tinham usado sprays químicos contra a tripulação, como gás lacrimogêneo ou spray de pimenta.
– Segundo a Federal Aviation Administration, que controla o tráfego aéreo nos Estados Unidos, às 9h49 de 11 de setembro, dia dos ataques terroristas, 3.667 aviões sobrevoavam o território americano. Ao meio-dia, é comum existirem cerca de 5.000 vôos. Às 11h40 daquele dia, apenas 290 vôos foram registrados.
– O total de mortos foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores. A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário, pois uma pessoa teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do World Trade Center.
– As vítimas foram distribuídas da seguinte forma: 246 nos quatro aviões (onde não houve sobreviventes), 2606 na cidade de Nova Iorque e 125 no Pentágono. Todas as mortes ocorridas foram de civis, exceto por 55 militares atingidos no Pentágono.
– Pelo menos 353 pessoas que ficaram presas nas torres gêmeas do World Trade Center (WTC) no dia 11 de setembro conseguiram falar com pessoas fora dos prédios. Entre telefonemas e e-mails, haviam mensagens de desespero, de despedida e até de tranqüilização.
– Em 2002, um integrante da lista oficial de desaparecidos foi encontrado em uma clínica de Nova York.Gerge Sims sofria de amnésia e apresentava sintomas de esquizofrenia. Segundo a família, ele estava “vendendo coisas” nas proximidades do WTC no dia do acidente.
– Jornalistas do canal Al Jazeera afirmaram que a Al-Qaeda inicialmente tinha planejado fazer com que os aviões sequestrados atingissem instalações nucleares em vez das torres do WTC e Pentágono, mas foi decidido não atacar as centrais nucleares por causa de temores de que os ataques poderiam sair da controle.
– Nos dias seguintes ao episódio, houve uma queda significativa no número de passageiros das companhias aéreas em todo o mundo. Por receio de voar, muita gente desistiu. E o medo ainda persistiu. Tanto é que empresas europeias alteraram escalas ou cancelaram voos para os EUA marcados para 11/09/2002.
– Algumas bolsas de valores estadunidenses ficaram fechadas no resto da semana seguinte ao ataque e registraram enormes prejuízos ao reabrir, especialmente nas indústrias aérea e de seguro. O desaparecimento de bilhões de dólares em escritórios destruídos causaram sérios danos à economia norte-americana.
– No dia 16 de setembro de 2001, Bin Laden – líder da Al-Qaeda – negou qualquer participação nos atentados lendo um comunicado que foi emitido por ele através do canal Al Jazeera. Ele teria dito: “Insisto que não executei este ato, que parece ter sido realizado por indivíduos com seus próprios motivos”.
– Entretanto, em novembro de 2001, as Forças Armadas dos Estados Unidos encontraram uma fita de vídeo caseiro numa casa destruída em Jalalabad, Afeganistão, onde Bin Laden fala com Khaled al-Harbi. Em várias partes da fita Bin Laden reconhece ter planejado os ataques.
– Os Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o país invadiu o Afeganistão para derrubar o Taliban, que abrigou os terroristas da Al-Qaeda. Muitos outros países também reforçaram a sua legislação antiterrorismo e ampliaram os poderes de aplicação da lei.