EDUCAÇÃO

Ideb de São Luís é 3º melhor entre as capitais do NE

Para os anos finais do Ensino Fundamental, o Ideb de São Luís passou de 3,7 em 2013, para 3,9 em 2015. Nos anos iniciais, o indicador saltou de 4,1 para 4,5, superando expectativas

Dados do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) relativos a 2015 apontam os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de São Luís com a terceira maior nota entre as capitais da região Nordeste. Para os anos finais do Ensino Fundamental, o Ideb de São Luís passou de 3,7 em 2013, para 3,9 em 2015. Nos anos iniciais, o indicador saltou de 4,1 para 4,5, superando expectativas.
As notas mostram tendência de recuperação do Ideb em São Luís, que registrou queda na última medição da gestão anterior. Os alunos da rede municipal da capital maranhense ficaram à frente de cidades como Salvador e Recife, por exemplo. Na média, superaram até mesmo cidades com destaque histórico como Porto Alegre (RS).
O secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, parabenizou estudantes e professores pela nota conquistada. Para o secretário, a nota é resultado dos investimentos realizados pela Prefeitura de São Luís na área da Educação ao longo dos anos, com a valorização dos professores e a requalificação estrutural das unidades de ensino da rede municipal. “As ações da Prefeitura de São Luís na área da Educação foram determinantes para este resultado, que evidencia uma tendência de recuperação e melhoria dos indicadores da educação em nossa cidade. Estamos trabalhando com afinco, determinação e foco para não somente elevar o Ideb, mas superar todas as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação”, afirmou Moacir Feitosa.
INVESTIMENTOS
A garantia de reajuste de 39,08% no acumulado de 2013 a 2016; e a implantação de mais de oito mil direitos estatutários são alguns dos avanços registrados na área da educação nos últimos anos. Além das sete unidades de ensino hoje em construção, a rede municipal também tem recebido melhorias e requalificações estruturais: as Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Olívio Castelo Branco (Anil), Pedro Marcosini Bertol (Jaracaty) e Miguel Lins (Alemanha) são exemplos de escolas já beneficiadas com o serviço.
Periodicamente, professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares da rede municipal passam por formações específicas, promovidas pela Prefeitura de São Luís, com foco na Provinha Brasil e na Prova Brasil. Os dois exames são realizados com os estudantes e, junto com a avaliação do rendimento e frequência escolar, compõem o Ideb. A alimentação escolar balanceada, complementada com frutas, verduras e hortaliças adquiridas de produtores locais, também é outro fator que tem influência positiva no aprendizado.
Municípios atingem meta do Ideb para 5º ano do fundamental
Ideb-MA
Metade dos municípios brasileiros vem atingindo, desde 2007, as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais do ensino fundamental nas escolas públicas, etapa que vai do 1º ao 5º ano. Nos anos finais, do 6º ao 9º ano, a porcentagem cai para 18,9%. Em toda a série histórica, entre as capitais, apenas cinco batem as metas para os anos finais e 14 para os anos iniciais.
O levantamento foi feito pelo Instituto Ayrton Senna para , com base nos dados divulgados no último dia 8 de setembro pelo Ministério da Educação (MEC). Foi considerado o Ideb das escolas públicas, tanto da rede municipal quanto estadual.
O Ideb é um indicador de qualidade dos ensinos fundamental e médio, divulgado a cada dois anos. O índice é calculado com base em dados sobre aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do MEC. Desde a criação do indicador, em 2005, foram estabelecidas metas que devem ser atingidas por escolas, prefeituras e governos estaduais.
As metas intermediárias são diferenciadas para cada ente federativo e escola, porque cada um partiu de um ponto distinto em 2005. O objetivo é que o país atinja o Ideb nos 6 anos iniciais do ensino fundamental até 2021 e nos anos finais até 2025.
Nos anos iniciais, a meta é cumprida nacionalmente desde 2007, quando começou a ser estipulada. Para 2015, a meta do Brasil é de 5,2. A etapa alcançou 5,5. Nos anos finais, a meta foi descumprida pela primeira vez em 2013. Em 2015, o índice esperado de 4,7 também não foi alcançado. A etapa registrou um Ideb de 4,5. “Nos anos iniciais, o Brasil vem melhorando de forma consistente e vai bater a meta prevista talvez até mesmo antes de 2021. Já nos anos finais, o Brasil melhora, mas não o suficiente para bater a meta, vai ter que fazer um esforço maior”, diz o diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos.
Dos cerca de 4,7 mil municípios com Ideb divulgado desde o início da série histórica, 2,3 mil vêm batendo sistematicamente as metas. Considerando apenas o Ideb de 2015, a porcentagem aumenta. Dos cerca de 5,3 mil com o índice calculado, 4 mil, ou 75,8% bateram a meta para os anos iniciais. Nos anos finais, considerando apenas o Ideb de 2015, a porcentagem também aumenta, passando para 28,6%. Apesar da melhora, a porcentagem significa que, nos anos finais, cerca de 70% dos municípios não conseguiram cumprir o estipulado para o ano e, nos anos iniciais, 50%. “Para início do ensino fundamental, parece que encontramos o caminho, mas quando começa a ter um professor por disciplina, o Brasil desanda e não têm mais condições de dar a resposta que precisa. O problema se agrava depois no ensino médio”, disse Ramos.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias