Treinando o cérebro para concursos
O ábaco ajuda a desenvolver a habilidade de fazer cálculos mentais, podendo dar vantagem ao participante na resolução de problemas
Todos os anos, milhares de alunos dedicam horas estudando para realizar um sonho em comum: entrar na universidade. Exercícios preparatórias como simulados e revisões são regras básicas para enfrentar a prova. Mas o que muitos estudantes estão fazendo agora para conquistar um diferencial é treinar o cérebro.
Passa na frente aquele que consegue raciocinar rápido, para terminar a prova no tempo estipulado; aquele que consegue se concentrar em meio à sala lotada de concorrentes; aquele que consegue acessar as informações na memória diante do nervosismo da situação. E quem pensa melhor é quem faz exercícios para o cérebro.
“A ginástica cerebral é toda atividade baseada em novidade, variedade e desafio crescente. Sua prática fortalece as ligações entre os neurônios e melhora habilidades como memória, concentração, criatividade e raciocínio”, explica Solange Jacob, mestranda em Processos Cognitivos pela Universidade de Validolid.
As habilidades desenvolvidas pelo método dão o suporte ao aluno que precisa estudar diariamente muitas disciplinas, decorar conceitos e fórmulas e resolver grande volume de exercícios.
Prova disso é a aluna Rebeca Accioly, de 17 anos, que treina seu cérebro. Ela sabe que, para conquistar a vaga dos sonhos na faculdade de Direito, é preciso ter muito foco. “Antes de começar a fazer ginástica para o cérebro, eu enfrentava muitas dificuldades com matemática. Hoje, com a prática do ábaco, meu raciocínio lógico melhorou bastante. Quando vou resolver um problema, penso em vários caminhos diferentes que antes eu não pensava”, declara a estudante.
Assim como ela, o aluno Igor Ferreira, de 18 anos, também está se preparando para conquistar a tão almejada vaga em uma faculdade. Ele quer ser engenheiro. Para potencializar os resultados nos estudos, ele começou a praticar ginástica cerebral. Igor também elege o ábaco como principal aliado nos estudos.
Ele afirma que a ferramenta exige concentração total, e por isso, hoje consegue focar melhor a sua atenção quando está estudando para as provas. Além disso, o ábaco o ajudou a desenvolver a habilidade de fazer cálculos mentais. O que, segundo ele, representa uma grande vantagem, pela agilidade na resolução dos exercícios.
De acordo com Solange, o aprendizado estimula diversas áreas do cérebro e, por isso, deve estar preparado para receber a sobrecarga de informações que os estudos exigem. “Para aprender, são necessárias inúmeras conexões neurais em que o cérebro funciona como uma orquestra para acessar a informação que é estocada em múltiplas áreas. A aprendizagem é mente e corpo: movimento, alimentação, ciclos de atenção e aprendizagem construída quimicamente por meio da plasticidade cerebral (a capacidade do cérebro de modificar seu funcionamento, se reorganizar estruturalmente e se adaptar em resposta à experiência e a estímulos repetidos)”, diz a especialista.