Não é todo mundo que tem a felicidade de se chegar aos 90 anos. Em um mundo confuso, competitivo, desafiador, com transformações frequentes e inesperadas, chegar aos 90 anos é um mérito e não é para muita gente. Só à guisa de informação, em nosso país, por exemplo, no ano de 2000, havia 261 mil pessoas com mais de 90 anos, passado 10 anos, só restavam pouco mais de 24 mil vivas. Isso correspondeu a 9,3% dos que sobreviveram, até 2010. Portanto, não é para todos, essa proeza. 

Dentro dessa perspectiva, o grande mérito em se alcançar essa idade, não está só no tempo vivido propriamente dito, ou no valor do tempo em si mesmo, mas está principalmente no processo de se ter vivido esse tempo. De se ter dado conta dos desafios e das dificuldades impostas a cada qual. Está nas conquistas empreendidas, na superação das dificuldades de se avançar. O mérito é tão somente, o superar os embates e poder se viver mais.

Eis, O Imparcial. Completando 90 anos de vida e de uma vida notável. 90 anos colaborando, informando, possibilitando que nós maranhenses saibamos o que se passa no mundo e em nosso estado. Eis o Imparcial, um Jornal forte, elegante, sensato, combativo e repleto de experiências. Eis O Imparcial, noventão. Um jovem, ousado, vitorioso, que vive com retidão, cultiva e nos dá o melhor da informação e do Jornalismo. Compartilha conosco diariamente o melhor das notícias, há anos. Eis o Imparcial, 90 anos fazendo política, lazer, entretenimento, fazendo esporte e a vida social de São Luís e do nosso estado. 90 anos formando opiniões, avaliando, nos fazendo pensar e refletir sobre os fatos que se nos ocorrem há, não menos que 90 anos.

É muito tempo? Talvez não, para quem se espera que viva mais noventa, por noventa vezes noventa. Além do mais, o tempo de O Imparcial, é bem menor que ele. Ele é maior que seu tempo ele completa noventa anos de vida, em 90 anos de idade. O vejo, como um noventão, jovem e ousado com muito que fazer. O vejo como um Jornal, atual que se renova e se ultrapassa a cada tempo. Pessoalmente tenho a grande honra de colaborar, aos domingos, escrevendo minhas crônicas, há alguns anos. O Imparcial me acolhe, me inspira e me orgulha.

Tenho com o Jornal, uma história marcante e singular. Sem saber, me iniciaram na vida literária. A oportunidade que tive de poder escrever meus artigos aos domingos nesse Jornal foi um marco em minha trajetória profissional e pessoal. Com o honroso convite, de escrever essas crônicas ,participaria de um seleto grupo de colaboradores, que de forma competente e dedicada expressam diariamente seus pensamentos nas páginas desse Jornal.

A minha condição de escritor, de articulista ou colunista foi chancelado pelo O Imparcial. Passou a ser um reconhecimento, um desafio e uma responsabilidade a mais que passaria a ter em minha vida publicar esses artigos, pois entendo que escrever para O Imparcial é algo especial. Essa outra face de minha vida que aos poucos se revela, a cada artigo que publico e se consolida, com entusiasmo e gratidão.

Devo isso ao estimado amigo, Raimundo Nonato Borges Diretor de Redação e história viva desse Jornal. Digase de passagem, que ele não abriu as portas só para mim, na vida literária, mas, para muitos outros escritores, colunistas e articulistas desse estado, os quais iniciaram seus primeiros passos inspirados nesse Jornal. Parabéns ao ilustre Presidente Pedro Freire, homem de competência e dedicação exemplar, que lidera os destinos de O Imparcial.

Parabéns à equipe fabulosa de jornalistas que dão vida ao Jornal. Parabéns a nós mesmos, colaboradores que temos a imensa honra e orgulho de fazermos parte de O Imparcial. Essa homenagem, a faço em nome de meus filhos, Pilar, Ludmila e Bruno, de minha mulher, Rita Palhano. Dos meus genros, Diogo Guagliardo Neves, Ricardo Portela e Jamênia Palhano que, em nome deles, agradeço.